Demi Vollering (Team SD Worx) venceu Strade Bianche em um sprint contra a sua companheira de equipe Lotte Kopecky, depois que a dupla alcançou Kristen Faulkner (Team Jayco ALula) que ficou com a terceira posição, na icônica subida final da Via Santa Catarina, até a Piazza del Campo, em Siena.
Como isso aconteceu?
O pelotão feminino percorreu 136 km de estradas sinuosas pela Toscana, cruzando oito setores de cascalho branco a caminho da icônica linha de chegada na Piazza del Campo, em Siena. Saindo da Fortezza Medicea, as camisas amarelas do Team Jumbo Visma ficaram visíveis na frente durante os estágios iniciais da corrida, controlando o ritmo e mantendo-se seguro. Ricarda Bauenfeind (Canyon Sram Racing) aumentou o ritmo nos primeiros setores de cascalho, mas o pelotão, embora tenso, permaneceu praticamente intacto durante a primeira metade da corrida.
Uma vez que a fuga foi finalmente estabelecida, o quarteto com Silvia Zanardi (Bepink), Morgane Coston (Cofidis Women Team), Yurani Blanco Calbet (Laboral Kutxa-Fundacion Euskadi) e Alessia Vigilia (Top Girls Fasso Bortolo) não foram permitidos mais do que um minuto de vantagem, e seu tempo na estrada durou pouco. No setor 5, o setor de cascalho mais longo do dia, subindo para San Martino em Grania, o pelotão foi reduzido a cerca de 40 ciclistas, com todas as favoritas ainda presentes no grupo da frente.
Ao voltarem para a pista, Karlijn Swinkels (Team Jumbo-Visma) lançou um ataque, estabelecendo rapidamente uma brecha nas estradas lisas. Com cerca de 43 km restantes para a corrida, Ashleigh Moolman-Pasio fez uma rápida troca de bicicleta após um furo, mas quando ela estava voltando, as acelerações na frente dividiram o grupo. Perseguindo Swinkels, um grupo de cerca de 12 ciclistas, incluindo Elisa Balsamo (Trek-Segafredo), Silvia Persico (EAU Team ADQ), Coryn Labecki (Team Jumbo Visma) e Kristen Faulkner (Team Jayco ALula) se estabeleceu. Sentindo uma oportunidade, Faulker saiu deste grupo, pedalando fortemente para preencher a lacuna para o voo solo de Swinkels. A dupla pedalou junta para solidificar sua lacuna enquanto as outras atrás eram reabsorvidas no pelotão.
A americana Kristen Faulkner atacou e fez 30 km na fuga solo
No final, ouvi dizer que eles estavam em trinta segundos e pensei que seriam 10 km difíceis. Cada setor de cascalho era diferente e desafiador à sua maneira. As subidas foram realmente mais decisivas do que o cascalho. Esperei que a seção 6 atacasse e foi uma grande corrida para mim”.
No final, ouvi dizer que elas estavam há trinta segundos atrás e pensei que seriam 10 km difíceis. Cada setor de cascalho era diferente e desafiador à sua maneira. As subidas foram realmente mais decisivas do que o cascalho. Eu esperei até o setor 6 para atacar e foi uma grande corrida para mim”. – Kristen Faulkner
À medida que a estrada subia, Paula Patino (Movistar) atacou e amarrou as coisas. Persico seguiu com um ataque enquanto as estradas serpenteavam por uma pequena cidade, trazendo um pequeno grupo com ela, mas mais uma vez, elas não tiveram permissão para fugir. A próxima tentativa foi lançada por Olivia Baril (UAE Team ADQ), tirando Mischa Bredewold (SD Worx), Agnieszka Skulniak-Sojka (Canyon//Sram Racing), Paula Patino, Sabrina Stultiens, Amber Kraak (Jumbo Visma), Marie Le Net (FDJ-Suez) e Christina Schweinberger (Fenix-Deceuninck). Perdendo a jogada, AG Insurance Lotto Quickstep assumiu seu lugar puxando a frente do pelotão.
Na estrada, Faulkner se afastou de Swinkels em uma pequena subida, indo sozinha com pouco mais de 30 km restantes para a corrida. Aproximando-se dos 20 km finais, a diferença diminuiu para 2 minutos, uma lacuna perigosa para uma ciclista tão poderosa.
Demi e eu não nos falamos antes do final. Somos ambas ciclistas profissionais e ambas queríamos vencer, por isso é muito bom termos lutado até o fim”. – Lotte Kopecky
No que seria o setor decisivo de cascalho, uma forte corrida de Puck Pieterse (Fenix-Deceuninck) viu um pequeno grupo de seis ciclistas se afastar do pelotão perseguidor. Com duas ciclistas cada, tanto o Team SD Worx quanto a Movistar estavam em uma boa posição – mas Faulkner ainda mantinha uma diferença significativa e a linha de chegada estava se aproximando. Demi Vollering atacou deste pequeno grupo, partindo sozinha em busca de Faulkner. Em uma reviravolta completamente inesperada, um cavalo estava solto na estrada à sua frente, diminuindo um pouco a velocidade de Vollering enquanto ela lutava com a situação maluca. O cavalo caiu em uma curva apertada e Vollering pôde continuar sua perseguição sozinha.
George, any chance I can add horse to my @velogames team today? #StradeBianche #stradebianchedonne pic.twitter.com/BZt0UBLG8A
— John Maguire 🇺🇦 (@velo_bristol) March 4, 2023
Que loucura foi isso aqui! #StradeBiancheWomen https://t.co/wzQAYxM09d
— BikeBlz (@BikeBlz) March 4, 2023
No próximo setor de cascalho, Kopecky voou de um canto e lançou um grande ataque, alcançando rapidamente sua companheira de equipe Vollering. Cecile Uttrup-Ludwig, que estava mais atrás no grupo, estava atrás dela, mas assim que Kopecky e Vollering se conectaram e começaram a pedalar juntas, Uttrup-Ludwig não conseguiu fazer a junção, se pendurando tentadoramente atrás, antes que suas pernas simplesmente pudessem fazer o esforço por mais tempo. Com 10 km restantes para a corrida, Faulkner ainda tinha um minuto de diferença sobre a dupla da SD Worx, mas o trabalho delas juntas contra suas pernas já cansadas rapidamente reduziu a diferença pela metade.
Pódio Feminino na Strade Bianche 2023 (Kopecki, Volering e Faulkner)
Falei com Lotte [Kopecky] na tenda antes da cerimônia do pódio e ela ficou muito feliz. Foi imediatamente bom entre nós. Não há ressentimentos. Mas nós somos assassinas. Foi legal terminar assim. Foi um bom final, também para quem assistiu de casa. Mas a primeira sensação após a finalização foi um pouco confusa. Não sabíamos qual de nós havia vencido, então nos perguntamos se poderíamos comemorar. Claro que poderíamos, porque desde que seja o time ganhando, é bom e foi bom em dobro. Eu me senti forte hoje. Eu estava realmente confiante de que pegaríamos Kirsten Faulkner. Sabia que seríamos mais fortes que ela na última subida”. – Demi Vollering
#REPLAY da subida da Via Sta Catarina com Faulkner, que acabou fechando Vollering, enquanto Kopecky cortava por fora. Que chegada! #StradeBianche #StradeBiancheWomen https://t.co/e37fozV6dR
— BikeBlz (@BikeBlz) March 4, 2023
Mantendo todos na ponta de seus selins, Kopecky e Vollering só pegaram Faulkner no quilômetro final, na base da subida de paralelepípedos até a Piazza del Campo. Kopecky e Vollering subiram juntas, deixando Faulkner rapidamente para trás. Passando pela crista e entrando na praça, Kopecky e Vollering aceleraram em direção à linha, um arremesso de bicicleta, acabou separando-as para o primeiro e segundo lugar no dia. Atrás delas, Faulkner completou sua corrida forte e suave para o terceiro lugar.
A corrida se decidiu em cima da linha
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— BikeBlz (@BikeBlz) March 4, 2023
Texto: Voxwomen.com
Fotos: LaPresse
