No dia seguinte à terrível chegada ao Monte Zoncolan, a décima quinta etapa do Giro 2021, já começou sem a presença do vencedor da Etapa 13, Giacomo Nizzolo (Qhubeka Assos) que abandonou por fadiga. Mas se a equipe ficou desfalcada do seu principal sprinter, restou a Victor Campenaerts (Qhubeka Assos), representar o lema da equipe Sul Africana – Ubuntu. A palavra do idioma Zulu, que pode ser traduzida como “Eu sou porque nós somos”, traz a ideia de que nos humanizamos por meio dos demais. O que cada um faz, ou que deixa de fazer, tem consequências na vida dos demais.

E sem Nizzolo, o time seguiu hoje representado com perfeição por Campenaerts que venceu Oscar Riesebeek (Alpecin-Fenix) no sprint final em mais uma vitória da fuga. É a sétima vez neste Giro d’Itália que isso acontece. Em terceiro, chegou Simone Consonni (Cofidis). O pelotão em clima de passeio, cruzou há mais de 17 minutos depois.

A Classificação Geral sofreu apenas uma alteração com a saída de Emanuel Buchmann (BORA – hansgrohe), envolvido no grande acidente que neutralizou a largada logo no quilômetro três da prova, onde se envolveram até 60 ciclistas.

A organização, conforme determina o protocolo, solicitou que a fuga fosse neutralizada para surpresa dos ‘fugados’. Entre os envolvidos, além de Buchman, líder do Bora, que estava em 6º na Geral e sonhava em subir ao pódio ao final da ‘Corsa Rosa’, restou seguir para o hospital junto com Natnael Berhane (Cofidis) e Jos van Emden (Jumbo-Visma). Ruben Guerreiro (EF Nippo) chegou a tentar voltar pra corrida, mas abandonou logo em seguida e o líder da EF Nippo, Hugh Carthy está agora sem o seu principal gregário.

A etapa de hoje cruzou a fronteira com a Eslovênia que deu um clima todo especial a corrida.

A fuga formada por Dries De Bondt e Oscar Riesebeek (Alpecin-Fenix), Simone Consonni (Cofidis), Lars Van den Berg (Groupama-FDJ), Quinten Hermans (Intermarché Wanty Gobert), Stefano Oldani, Harm Vanhoucke (Lotto Soudal), Dario Cataldo (Movistar ) Nikias Arndt (Equipe DSM), Victor Campenaerts, Max Walscheid, Lukasz Wisniowski (Qhubeka-Assos), Bauke Mollema (Trek-Segafredo), Juan Sebastian Molano (Emirados Árabes Unidos) e Albert Torres (Movistar), foram os homens que escaparam na fuga após o recomeço de prova.

Torres conseguiu chegar ao trecho final ao lado de Campenaerts e Riesbeek, mas não conseguiu acompanhar os dois no final de uma inclinação acentuada. A luta entre o belga e o holandês foi épica até o último metro sob forte chuva e no paralelepípedo do último quilômetro.

Victor Campenaerts provou que não é apenas um ciclista de contra-relógio e deu uma bela demonstração disso ao vencer a etapa com um primeiro ataque há pouco mais de 20 quilômetros da chegada, descolando-se do grupo da frente e sendo o mais forte no sprint final contra Riesbeek. Esta foi a sua primeira vitória em um Grand Tour.

Amanhã é dia de Etapa Rainha. Segura!


PRÓXIMA ETAPA

Sacile > Cortina d’Ampezzo / ETAPA RAINHA
212,2 Km / ALTA MONTANHA (5710 m)

A etapa 16 é o estágio final antes do segundo dia de descanso e os pilotos vão precisar dele. Mais de 210 km com mais de 5.000 metros de escalada e com várias montanhas icônicas, incluindo o Passo Fedaia (13,6km à 7,6%), Passo Pordoi (11,9km à 6,6%) e o Passo Giau (9,8km à 9,3%). O pelotão desce até a linha de chegada em Cortina d’Ampezzo. É a primeira vez que vejo uma Etapa Rainha numa segunda-feira.

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