A Alpecin-Deceunick fez uma excelente Paris-Roubaix 2023 para preparar seu líder Mathieu Van der Poel para uma vitória magnífica e seu domestique de luxo Jasper Philipsen que chegou em segundo lugar e encerrou o excelente dia para a equipe Belga.

O Carrefour de l’Arbre foi mais uma vez decisivo no Inferno do Norte, com uma queda de John Degenkolb (Team DSM) e um pneu furado de Wout van Aert (Jumbo-Visma) colocando Van der Poel em posição ideal para uma merecida vitória solo no Vélodrome André Petrieux, depois de ser de longe o ciclista mais agressivo da corrida. Esta é a segunda vitória do Holandês em uma Monumento na temporada, após Milano-Sanremo, e a terceira depois de suas duas vitórias no Tour de Flandres – um triunfo marcante no que já pode ser definido como uma carreira lendária. Quanto a Van Aert, ele conquistou seu segundo pódio consecutivo na Paris-Roubaix depois de cruzar a linha de chegada na terceira posição.

Fiz minha melhor campanha nas Clássicas de todos os tempos. Esta é a última corrida [das Clássicas], e terminar assim é um sonho. Mudei algumas coisas no meu treino e no meu programa, e sinto que melhorei. Pedi a mim mesmo para fazer menos corridas para estar 100% em todas as corridas que fiz. O que fiz em Flandres, e hoje, não pude fazer nos anos anteriores – então estou definitivamente mais forte agora.- Mathieu van der Poel

A fuga

175 ciclistas largaram na 120ª edição da Paris-Roubaix e percorrer 256,6 km entre Compiègne e o Vélodrome André Pétrieux em Roubaix com 29 setores de paralelepípedos a serem percorridos. A primeira hora da corrida foi tão rápida quanto sua velocidade média de 51,5 km/h pode indicar. E foi apenas após 82 km de corrida que Jonas Koch (Bora-Hansgrohe), Derek Gee (Israel-PremierTech), Sjoerd Bax (UAE Team Emirates) e Juri Hollman (Movistar Team) conseguiram criar a fuga do dia. Nils Eekhoff (Team DSM) quase se juntou a eles com um contra-ataque que falhou. No primeiro setor de paralelepípedos da corrida, o Troisvilles to Inchy, a diferença entre o grupo da frente e o grupo era de 1’25”.

Wout fez uma excelente corrida, mas no final lhe faltou sorte

Triste despedida de Peter Sagan

O pelotão veio bastante compacto no paralelepípedo, e isso provocou vários choques. Meia dúzia de ciclistas que pedalavam nas primeiras posições do grupo caíram no meio do trecho de paralelepípedos de Viesly a Quiévy. Entre eles estavam Davide Ballerini, da Soudal-Quick Step, e Peter Sagan e Daniel Oss, da TotalEnergies. O astro Eslovaco, que estava competindo em sua última Paris-Roubaix antes de se aposentar no próximo inverno, foi forçado a desistir da corrida. Enquanto isso, a fuga manteve uma margem do grupo – até 1’50” ao entrarem no Maing para Monchaux-sur-Écaillon (km 133 – 1,6 km).

Mathieu mostrou toda a sua força hoje

Jumbo-Visma balança a árvore, Alpecin-Deceuninck pega as maçãs

Indo para o setor de paralelepípedos de Haveluy para Wallers (km 153,1 – 2,5 km), a Jumbo-Visma assumiu as rédeas do grupo, com Wout van Aert e Christophe Laporte se revezando para colocar um pouco de luz do dia entre eles e o resto do grupo. John Degenkolb (Team DSM), Mathieu Van der Poel (Alpecin-Deceuninck) e Stefan Küng (Groupama-FDJ) conseguiram tomar a frente ao alcançar Koch, Bax e Hollman, com Gee fora da disputa devido a uma falha mecânica. Após o Trouée d’Arenberg (km 161,3 — 2,3 km), o grupo da frente juntou-se a Jasper Philipsen, Gianni Vermeersch (Alpecin-Deceuninck), Filippo Ganna (Ineos Grenadiers), Mads Pedersen (Trek-Segafredo), Max Walscheid (Cofidis ) e Laurenz Rex (Intermarché-Circus-Wanty) e perdeu Laporte devido a pneu furado, criando um grupo de 13 fortes ciclistas com força maior em números para a Alpecin-Deceuninck, com três ciclistas no grupo.

Tudo em jogo no Carrefour de l’Arbre

Uma corrida de atrito ocorreu nos 80 quilômetros finais. Vários ataques de Van der Poel criaram uma seleção de sete ciclistas na frente após o Mons-en-Pévèle (km 208 – 3 km), incluindo Van Aert, Küng, Ganna, Pedersen, Degenkolb, o próprio Van der Poel e seu companheiro de equipe Philipsen. O grupo chegou junto ao setor de paralelepípedos do Carrefour de l’Arbre (km 239,5 — 2,1 km), onde se definiram 8 das últimas 20 edições da Paris-Roubaix. Como acabou por ser o caso, mais uma vez, em 2023…

Uma corrida pra história

É uma pena que eu tenha tido tanto azar. Senti-me tão bem que pude atacar no Carrefour de l’Arbre… e depois furei. É uma pena porque nós [Mathieu Van der Poel e eu] tínhamos a possibilidade de chegar ao Vélodrome juntos, e eu teria uma chance de vitória em um sprint duplo. Mas é a vida. Quando furei, parecia um pesadelo. Eu não podia acreditar que era verdade, mas meu pneu estava completamente furado. Tentei manter a cabeça fria, recolocá-la no modo de corrida e tentar recuperar a roda de Mathieu, mas é impossível diminuir uma diferença de 20 segundos com um cara como ele na frente. No entanto, não fazia sentido desistir. – Wout van Aert

Um acidente, alguma confusão, um furo… e Van der Poel decola

Faltando 16,5 quilômetros, já depois do Carrefour de l’Arbre, uma infeliz reviravolta viu Degenkolb cair no chão após bater em Van der Poel ao desviar da roda de Philipsen. Foi na confusão causada pelo acidente que Van Aert tentou arrancar, apenas para descobrir que Van der Poel imediatamente o seguiu e o ultrapassou. Quando o Holandês começou a acelerar ainda mais, Van Aert sofreu um furo que o tirou da disputa. Após o setor de paralelepípedos de Gruson (km 242,3 — 1,1 km), Van der Poel abriu uma diferença de 20” pro grupo da perseguição que praticamente selou sua vitória no Vélodrome André Petrieux. Atrás, Van Aert e Philipsen conseguiram derrubar o resto dos perseguidores para garantir um lugar no pódio.

O pódio com Jasper Philipesen, Mathieu van der Poel e Wout van Aert

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Fonte: Paris Roubaix
Imagens: ASO/Pauline Ballet

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