Em janeiro deste ano, quando ninguém imaginava o tamanho da p*ca, quer dizer da pandemia que estava por vir, fui conhecer o Velódromo de Berlim. Construído entre 1992 e 1997, naquela ocasião se sabia muito bem o que estava por vir: as Olimpíadas de 2000. Berlim era uma das cidades candidatas ao lado de Pequim, Istambul, Manchester e Sidney, que acabou levando as Olimpíadas naquele ano. Seria um marco para cidade que ainda estava se entendendo e se unificando, passados quase 10 anos da queda do Muro que dividiu a cidade por quase 30 anos.

Mas como para alemão, planejamento é a alma do negócio, eles não apenas construíram o velódromo, como também dentro do mesmo complexo esportivo, construíram o centro de piscinas de uma Olimpíada que nunca chegou a acontecer por lá.

Velódromo e Centro de Piscinas de Berlim. Foto: Luftaufnahmen

O ‘Legado Olímpico’ é portanto mais que inacreditável. Serve a população da cidade e funciona como se tivesse sido inaugurado há poucos meses atrás. Possuí piscinas e trampolins olímpicos e é inevitável pensar no que se transformou o Parque ‘abandonado’ dos Atletas no Rio, construído para as Olimpíadas 2016. Sem contar os estragos seguidos que aconteceram ao próprio Velódromo do Rio.

É realmente de impressionar. Estive lá para ver o 6 Day Series, um evento tradicional que acontece em diversos velódromos da Europa, como Brisbane, Manchester e Londres e que combina o melhor do ciclismo de pista com uma atmosfera de festa. Com direito a DJs antes, durante e depois das corridas. Não tem muito valor esportivo. Alguns ex-atletas profissionais, se misturam com jovens promessas que aproveitam o evento para treinar e faturar.

Achei que na verdade é um grande Circo! Com direito a muito entretenimento, cerveja, comida, muitos patrocinadores, estandes e música alta. Tem aquele momento do clímax, as mesmas músicas e a voz do locutor incentivando a todos. E que leva centenas de pessoas para viver a emoção do ciclismo por 6 dias seguidos.

Confira o vídeo da visita.

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