Que corrida de ciclismo inesquecível. A atual Campeã Mundial Annemiek van Vleuten e sua equipe Movistar tomaram a La Vuelta Femenina com um ataque de longe que começou 35 quilômetros da meta, quando a Líder Geral Demi Vollering (SD Worx) foi retirada do grupo e o time espanhol começou a puxar para sua líder a alçar vôo por conta própria quando a estrada começou a subir pela Cantábria. Foi uma ofensiva de 70 quilômetros que culminou em um sprint duplo entre Van Vleuten e sua companheira de fuga Gaia Realini (Trek-Segafredo), com a ciclista italiana vencendo a etapa e Van Vleuten levando a Camisa Vermelha. Quanto a Vollering, ela nunca desistiu e cruzou a linha de chegada 1’04” atrás de Van Vleuten. Tudo pode acontecer amanhã em Lagos de Covadonga, cume final desta Vuelta Femenina e confronto derradeiro entre as ciclistas que deram um show notável ao longo desta semana.

134 ciclistas largaram na 6ª etapa da Volta Feminina, que percorreu 106,1 quilômetros entre Castro Urdiales e Laredo. Um DNS para Chloe Dygert (Canyon//SRAM), que ficou em 2º lugar na Classificação por Pontos. Nenhuma fuga foi estabelecida no início da etapa, mas muitos ataques ocorreram. A corrida mudou completamente aos 35 quilômetros da corrida, quando a Líder Geral Demi Vollering (SD Worx) foi eliminada enquanto Movistar, Jumbo-Visma, UAE Team ADQ e Trek-Segafredo deram fortes puxões na frente e o vento soprou significativamente sobre as atletas.

Quando Vollering caiu, várias equipes começaram a puxar para mantê-la sob controle. Quanto a mim, consegui começar a primeira subida numa posição muito boa com a ajuda das minhas companheiras. Quando Annemiek [van Vleuten] atacou, peguei o roda dela e sentei nela sem deixá-la um único metro de margem de manobra. Quando ela atacou no sprint intermediário, o resto das ciclistas do grupo pararam de cooperar. Foi nesse momento que eu disse a mim mesmo: ‘Agora ou nunca’. Fechei a lacuna e fui com ela até a linha de chegada. Houve um pouco de hesitação se eu tinha vencido ou não. No final fui premiada com a vitória. Estou muito feliz com a vitória e sempre agradecida à minha equipe, aproveitando o momento. Foi uma grande desilusão quando fui apanhada nos echelons na terceira etapa, mas a minha equipe ajudou-me a não desistir. Viemos aqui para lutar, e esta vitória realmente recompensa todos os sacrifícios que fizemos.” – Gaia Realini

Van Vleuten ‘liga o turbo’

Vollering e suas companheiras de equipe da SD Worx estavam 1’14” atrás da cabeça da corrida na base do Alto de Fuente de las Varas (cat 2, km 64). As domestiques da Movistar saíram da frente do grupo principal para deixar sua líder Annemiek van Vleuten resolver o problema por conta própria. A atual Campeã Mundial ‘ligou o turbo’, derrubando uma a uma todas as ciclistas em sua roda, exceto quatro: Gaia Realini (Trek-Segafredo), Evita Muzic (FDJ-SUEZ), Erica Magnaldi (UAE Team ADQ) e Juliette Labous (Team DSM ). No alto do Alto de Fuente de las Varas (cat 2, km 64), Van Vleuten aumentou a vantagem sobre Vollering para 1m50”.

Van Vleuten e Gaia

Vollering contra-ataca

Van Vleuten deu um sprint no sprint intermediário em San Miguel de Aras (IS, km 73,8), levantando voo sozinha quando começou a subir o Puerto de Campo El Hayal (cat 2, km 84,2) com 1′ 37” para Vollering. Quando a estrada começou a subir, Van Vleuten encontrou companhia em Realini, que se afastou do grupo perseguidor para se juntar a Campeã Mundial na frente. Enquanto isso, Vollering alcançou um grupo de 10 mulheres com sua companheira de equipe Marlen Reusser, Riejanne Markus (Jumbo-Visma) e a Campeã Nacional Espanhola Mavi García (Liv Racing-TeqFind), entre outras. A diferença entre os dois grupos principais manteve-se inalterada em 1m38” no topo, enquanto um trio com Muzic, Magnaldi e Labous perdia 42” atrás da dupla líder.

Vollering perdeu a Camisa Roja nesta etapa

Conhecemos muito bem esta área e o momento em que atacamos foi super bom. Depois que fizemos nosso plano, algumas garotas pararam para uma pausa na natureza. Eu me senti um pouco mal por elas, mas elas pararam no momento errado. Você nunca deve parar em uma estrada aberta com ventos contrários e laterais chegando. Seguimos nosso plano e acabou sendo uma jogada super boa. Foi um grande esforço de equipe e estou super orgulhosa da minha equipe. Paula Patino e Liane Lippert armaram para eu atacar na parte inferior da primeira subida e lá fui eu sozinha finalizar. Depois, houve alguns segundos de bônus no sprint intermediário e eu realmente os queria, então corri e me vi sozinha. Só Gaia Realini apareceu e a partir daí fiz um contra-relógio solo até o fim. Acho que no grupo atrás de mim, Marlen Reusser veio junto com Demi (Vollering), então era uma pessoa contra um grupo. Claro, elas precisam me atacar agora e eu não preciso atacar. Só podemos pensar no amanhã agora, será um dia super difícil. Dei tudo de mim hoje, então quero me recuperar.” – Annemiek van Vleuten

Photo finish

A descida para Laredo foi rápida e emocionante. O grupo de Vollering conseguiu alcançar o trio perseguidor e se aproximar da liderança da corrida, cruzando a linha de chegada apenas 1m04” atrás deles. Quanto à vitória da etapa, Van Vleuten e Realini correram uma contra a outra com tudo o que tinham. O júri teve que olhar para o photo finish para finalmente atribuir a vitória a Realini. Não foi uma grande perda para Van Vleuten, já que a Campeã Mundial ficou com a Camisa Vermelha, embora ela tenha pedalado forte o dia todo e perdido a oportunidade de conquistar a sua primeira vitória com a Camisa Arco-íris.

Van Vleuten veste a Roja

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Fonte: La Vuelta Feminina
Fotos: ASO

ÚLTIMA ETAPA

Domingo, 07.05.2023

ETAPA 7

Pola de Siero > Lagos de Covadonga

93,7 km / Alta Montanha (2083 m)

O fim-de-semana vai começar com uma etapa de média montanha, com duas subidas de 2ª categoria na parte final, e um perfil muito semelhante ao da segunda etapa da edição passada. Espera-se que as favoritas trabalhem duro hoje, com um sprint reduzido decisivo até a linha de chegada.

Onde assistir La Vuelta Feminina?

ESPN 3/Star +

ESPN 3 / Star + é o canal a oficial da prova para o Brasil com excelentes narrações do garoto de ouro da casa Renan do Couto e comentários do já folclórico Celso Anderson. Requer pacote de assinatura de TV a cabo e/ou streaming. A plataforma Star + reprisa as etapas.

RTVE

A geração de imagens é da estatal espanhola RTVE que disponibiliza o streaming gratuitamente em seu site, porém restrito ao território Espanhol. Nada que um VPN no navegador não resolva.

GCN+

GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.

Tiz-Cycling

Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.

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