O aeroporto de Tempelhof foi construído durante o Período Nazista (1920–1945). Chegou a ser um dos aeroportos mais importantes da Alemanha e concentrar o maior tráfego aéreo do mundo. Seu prédio, parece um negócio que vai durar pra eternidade! E foi a maior edificação do planeta, até a criação do Pentágono.

Com o fim da Segunda Guerra, virou base americana e depois da queda do Muro (1989), aeroporto comercial e casa da Lufthansa. Quando fechou em 2010, ninguém pensou em leiloá-lo para a iniciativa privada. Graças a democracia alemã, houve um plebiscito e o povo escolheu transformá-lo em um grande espaço de lazer. Hoje o Tempelhofer Feld é dos maiores parques urbanos do mundo (380 ha)! Maior que o Central Park de NY (350 ha) e mais de 3 vezes o tamanho do Aterro do Flamengo, no Rio (120 ha). Mas acho que ainda falta um projeto urbanístico melhor para um melhor uso do parque. Um concurso urbanístico apresentou belos projetos de ocupação, mas por enquanto ele está praticamente igual de quando foi desativado, mas conta com hortas coletivas (uma febre alemã que até agora não entendi direito), aluguel de triciclos e ainda uma vila de containers cercada por grades para abrigar refugiados. (Desativada no fim de 2019). Nada é perfeito… :-/

Mas é rodando no seu circuito oval, vestido com 3 camadas de roupa de lycra, long-sleeves e temperatura na casa dos 11ºC que percebo que é cruzando as suas antigas pistas de pousos e decolagens, numa paralela germânica perfeita e com vista para sua torre de controle, que surge o primeiro grande desafio que encontrei por aqui: o vento contra!

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