Parou a escola, o cinema, o teatro, o futebol. Fechou o shopping, o boteco, o restaurante, o Baixo Gávea até o Posto 9. Parou o Flamengo, o gol do Gabigol e nem Olimpíadas teve. Sem medalhas, recordes, nada. Precisamos?

Não teve mais festa, forró, samba, casamento e feijoada. Mas parou a cerveja? O vinho? O bagulho? Duvido. Parou a TV, a bolsa, a bola, a bike. Tá proibido viajar! Viajar dizem que reconecta. Que nada! Gasta um dinheiro.

Agora só ficou nós dois.
Fim de tudo. Mete um Zoom, Mané?!
Salvou! Acabou o porre, o corre, o ‘rappa’, a mão?
Duvido.

Transou? Noticiou? Musicou? Formou? E o Sol, faltou? Nunca!
Que dia é hoje? Não importa mais. E amanhã, Mané? O Mundo acaba?
Com cerveja!

Texto inspirado em ‘Limpe o umbigo’, publicado no Medium por Junior Simões.

O mundo vai precisar se reinventar daqui pra frente pra criar esse ‘novo normal’. Já decretaram o fim dos escritórios e lançou-se uma nova luz sobre a relação entre mobilidade, espaço urbano e saúde. A urgência da rápida implantação de ciclovias e espaços para pedestres como se verificou em Milão, já é uma movimento que se espalhou por diversas cidades pelo mundo. O “Plan Vélo” de Paris, que garantiu a reeleição da prefeita Anne Hidalgo quer que seus moradores precisem de no máximo de 15 minutos de bicicleta para chegar ao seu destino.


Agora que as cidades pelo mundo estão lentamente voltando a funcionar, vemos alguns números saltarem aos olhos. As vendas de bicicletas cresceram 108% nas lojas do Walmart dos EUA. O aumento também foi de 125% em lojas de bicicletas e mais de 200% na Amazon, de acordo com dados fornecidos à Fast Company pela Pacific Cycle (que supervisiona marcas como Schwinn e Mongoose). O pico foi tão grande que os fabricantes não foram capazes de reabastecer seu estoque. Até hoje, é difícil encontrar a bicicleta que você deseja, especialmente se ela estiver abaixo de US $ 1.000 nos EUA. No Brasil, as vendas aumentaram em 50%, segundo os dados da Aliança Bike.

Os impactos da pandemia nos mercado gastronômico, fez os restaurantes abrirem com capacidade limitada e com a distância de 1,5 metro entre as mesas já virou padrão em todo lugar. O reforço na higiene idem. Nas artes e na cultura os prejuízos e os impactos são quase imensuráveis. E estes serão os últimos a voltar ao normal. Explodiu o consumo de filmes em streaming, as compras na Amazon e fora as ‘Lives’ que parece, vieram para ficar. Na educação, a pulverização do ensino a distância, à modalidade urbana e a necessidade de se investir no transporte por bicicleta para evitar aglomerações nos ônibus e metrôs vai fazer da bicicleta o maior dos motores desse novo jeito de pensar as cidades e sua economia.

Atuar na construção de um modelo de vida mais solidário e colaborativo pode ser a chave para o enfrentamento de crises futuras.

Foto por Roman Koester, Unsplash

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