Hoje teve início a primeira rodada de entrevistas dos ciclistas à imprensa. Feita de forma remota, as ‘press conferences’ permitem o primeiro contato com os atletas que participarão da Vuelta da Espanha 2022 e onde é possível saber como eles estão se sentindo e se preparado para a corrida. Além de começarmos a tatear quais serão as táticas e estratégias das equipes, servem como aperitivos das emoções que virão. Acompanhe abaixo algumas das declarações dadas hoje pelos ciclistas, que se preparam amanhã, para a apresentação dos times em Utrecht, na Holanda.

“Vamos jogar de forma semelhante ao Giro” – Jai Hindley

O primeiro vencedor Australiano do Giro, Jai Hindley (Bora–Hansgrohe) chega a Vuelta com uma forte formação da sua equipe que o enche de confiança. “Acho que vamos jogar parecido com o Giro”, disse o Australiano sobre sua tática de equipe, com Wilco Kelderman e Sergio Higuita ao seu lado. “Estamos chegando com três bons homens para as batalhas da GC e vamos deixar a estrada decidir. Ninguém na equipe tem um ego louco. Eu sei que se eu perder tempo na primeira semana, farei tudo o que puder pelos caras que ainda estão na posição e sei que vai funcionar o contrário. Seria especial fazer dois Grand Tours em um ano, espero que possamos fazer isso, mas serão longas três semanas. Veremos o que acontece.” O primeiro ciclista Australiano a terminar no Top 10 do GC da Vuelta foi Gary Clively, em 1977. Cerca de 32 anos depois, Cadel Evans subiu ao pódio em Madrid (3º da edição de 2009) e seu compatriota Jack Haig o imitou ano passado em Santiago de Compostela (3º também). Mas um ciclista de Down Under ainda não venceu o Grand Tour da Espanha.

“Tentarei vencer” – Richard Carapaz

O Campeão Olímpico Richard Carapaz é ambicioso para sua quinta participação na Vuelta, o Grand Tour que ele conhece melhor, e onde é aguardado ansiosamente depois do seu 2º lugar no Giro. “Estou feliz por participar da Vuelta mais um ano e vir aqui para tentar vencer, que é o nosso objetivo”, disse o líder Equatoriano da Ineos Grenadiers. “Eu me preparei para a Vuelta da melhor maneira possível, já estive no pódio antes e espero fazê-lo novamente. Voltar ao pódio do Giro foi muito especial e acho que tenho motivação suficiente para fazê-lo na Vuelta. Fizemos uma preparação muito boa no mês passado e esta corrida tem sido um objetivo importante desde o início da temporada.” Segundo na edição de 2020 depois de uma intensa batalha com Primož Roglič, Carapaz terá apoio de ciclistas como Pavel Sivakov, Tao Geoghegan-Hart e o jovem Carlos Rodríguez, uma grande esperança do Ciclismo Espanhol. “A equipe se concentra em Richard como líder. Ele é o ciclista com os melhores resultados dentro da equipe e confiamos nele, então Tao, Pavel e eu estamos em boa forma para apoiá-lo de qualquer maneira e, se possível, obter um bom resultado”, disse Rodríguez antes de sua estreia no Grand Tour nacional com a Camisa do Campeão Espanhol.

Froome e Yates: ex-vencedores britânicos voltam a La Vuelta ansiosos

Entre os seis vencedores da Vuelta alinhados em Utrecht, Chris Froome é o segundo mais condecorado, com 2 sucessos gerais (2011, 2017). “É uma corrida muito especial para mim, onde em 2011 eu tive meu marco como candidato ao Grand Tour”, lembra o ciclista da Israel Premier Tech. “Sinto uma conexão próxima com os fãs na Espanha e também amo o que a Vuelta testa com muito mais subidas, etapas de montanha e mano-a-manos entre os melhores ciclistas do que em outros Grand Tours.” Após seu abandono devido ao Covid-19 no Tour de France.

“Estou um pouco inseguro de onde estou. As etapas de montanha maiores serão as etapas que procurarei tentar e ter como objetivo estar na frente da corrida. Mas tudo realmente depende de como a primeira parte vai ser.” – Chris Froome

Outro ex-vencedor britânico da Vuelta, em 2018, Simon Yates (BikeExchange-Jayco) espera encontrar suas melhores sensações na Espanha: “Não voltei desde que ganhei, então é ótimo estar de volta. É uma corrida que combina comigo. Precisamos sair da Holanda com segurança e a partir daí é uma típica Vuelta, super difícil todos os dias. Você sempre precisa estar ligado, nunca há tempo para descansar. Eu gosto desse estilo de corrida.”

Arco-íris na Vuelta

Após uma ausência de dois anos, a Camisa do Campeão Mundial voltará a brilhar nas estradas da Vuelta de forma surpreendente. Apesar de ser francês, Julian Alaphilippe não foi selecionado por sua equipe Quick Step-Alpha Vinyl para participar do Tour de France, algumas semanas depois de um forte acidente na Liège-Bastogne-Liège. Ele mudou seu foco para os estágios finais da temporada, com a clara ambição de conquistar o terceiro título de Campeão Mundial consecutivo, como Peter Sagan antes dele, no circuito Australiano de Wollongong (25 de setembro). Ele pretende melhorar na Vuelta, com vitórias em etapas à vista na segunda metade da corrida. O primeiro Campeão Mundial a erguer os braços como vencedor de uma etapa do Grand Tour da Espanha já era um francês, Jean Stablinski, o mais rápido em um grupo de 13 homens (incluindo seu companheiro de equipe Jacques Anquetil, que passou a dominar a Classificação Geral) no final da etapa 10 da 18ª edição, em maio de 1963. Um total de 24 etapas da Vuelta foram vencidas pelos atuais Campeões Mundiais… incluindo 13 em 1977 para Freddy Maertens, que trocou sua Camisa Arco-Íris pela Amarela como líder da Classificação Geral do dia 1 até o final da corrida. O ícone Belga é o único Campeão Mundial em título a vencer a Vuelta. Os outros seis titulares da Camisa Arco-Íris a vencer etapas no ano seguinte à coroação são Hennie Kuiper (1 de maio de 1976, em Baza), Giuseppe Saronni (28 de abril de 1983, em Alfajarin, e no dia seguinte em Soria), Oscar Freire (29 de agosto 2000, em Córdoba, e dois dias depois em Albacete), Paolo Bettini (3 de setembro de 2007, em Luarca, 4 de setembro de 2008, em Toledo, e sete dias depois em Suances), Philippe Gilbert (5 de setembro de 2013 em Tarragona) e Alejandro Valverde (30 de agosto de 2019 em Mas de la Costa).

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© A.S.O./Charly Lopez

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Onde assistir a Vuelta da Espanha?

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Com programas transmitidos AO VIVO todo Domingo às 18hs, com participação de Junimba, Allan Almeida, Adriana Nogueira, Edwin Contreras e convidados, nos nossos canais no Twitter, Youtube, Twitch e Facebook, nós aqui do BikeBlz vamos cobrir a Vuelta 2022 em programas especias com participação da equipe do site.

ESPN 3/Star +

ESPN 3 / Star + é o canal a oficial da prova para o Brasil com excelentes narrações do garoto de ouro da casa Renan do Couto e comentários do já folclórico Celso Anderson. Requer pacote de assinatura de TV a cabo e/ou streaming. A plataforma Star + reprisa as etapas.

RTVE

A geração de imagens é da estatal espanhola RTVE que disponibiliza o streaming gratuitamente em seu site, porém restrito ao território Espanhol. Nada que um VPN no navegador não resolva.

GCN+

GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.

Tiz-Cycling

Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.

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