São três vitórias consecutivas para Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que superou Tao Geoghegan Hart (Ineos Grenadiers), João Almeida (UAE), Enric Mas (Movistar) e Mikel Landa (Bahrain Victorious) em Osimo em uma dura etapa 6 nas “paredes” da região de Marche. Várias equipes da GC combinaram forças para trazer de volta o atacante Alexandr Vlasov (Bora–Hansgrohe), que partiu na final junto com Guillaume Martin (Cofidis), Alex Aranburu (Movistar) e Carlos Verona (Movistar). Tudo se resumiu a um sprint de um grupo reduzido de favoritos que não incluía o vice-campeão Lennard Kämna. Faltando uma etapa, Roglic lidera a geral com 18 segundos de vantagem sobre Almeida e 23 segundos sobre Geoghegan Hart.

Ele não estava com disposição para presentes. Primoz Roglic também conquistou a ‘Etapa Paredes’ da Tirreno-Adriatico, garantindo sua vitória na edição de 2023 da “Corsa dei Due Mari”. Após o vento contrário de ontem, os torcedores ficaram curiosos para ver os grandes nomes se enfrentarem sem nenhum fator ambiental desagradável e entender os reais valores dentro de campo. O resultado, porém, não mudou nada: o capitão do Jumbo-Visma teve mais combustível e melhor timing do que todos e conquistando o hat-trick, o primeiro desde Oscar Freire em 2005.

Sejamos honestos, hoje isso não era de forma alguma uma conclusão precipitada: uma etapa como esta, sem um metro plano e com inúmeras paredes, teria tornado tudo menos fácil manter as coisas sob controle e garantir que ninguém pudesse escapar. Ainda mais depois da queda de Wilco Kelderman, que privou Roglic de seu mais valioso aliado nas subidas. Aleksandr Vlasov (Bora-hansgrohe) foi quem tentou com mais convicção, tentando escapar antes das íngremes paredes finais da Costa del Borgo e da Via Olimpia. O Russo teve um atraso de 21 segundos na Classificação Geral e Roglic, com Van Aert ligeiramente cansado após quebrar o pelotão na volta anterior, lutou para organizar uma perseguição adequada. Felizmente para ele, Ineos Grenadiers e UAE tinham o mesmo objetivo que ele, e com cerca de 6 km para o final conseguiram se aproximar de Vlasov.

A etapa de hoje não tinha um metro plano

A essa altura, porém, o inferno começou: o primeiro a tentar foi João Almeida (UAE), seguido por Mikel Landa (Bahrein-Vitorious) – e quando o Basco vai para cima, sabe, a adrenalina bate o telhado. Mas com o passar dos minutos e metros, tornou-se cada vez mais evidente que Roglic não poderia ser descartado. Com duas pedaladas o Esloveno diminuiu a diferença para os rivais. Oito ciclistas permaneceram após a parede da Costa del Borgo, aqueles que lutariam pela vitória no caminho para Osimo. Michael Woods (Israel–Premier Tech) realmente tentou antecipar e ser mais esperto que todos, mas o Maglia Branca João Almeida tinha uma opinião muito diferente.

Wout puxa para Roglic e bota o pelotão pra ficar com a língua pra fora

Na última subida, Hugh Carthy (EF EasyPost) decidiu atacar: de jeito nenhum; então Enric Mas: de jeito nenhum; então Tao Geoghegan Hart: de jeito nenhum. Como em Tortoreto e Sarnano Sassotetto, Roglic só precisava dos últimos 100 metros. Um dois três! Game, set, match!  O Tirreno-Adriatico acabou?

Alguém tenderia a dizer que sim, mas nunca diga nunca no ciclismo! Roglic sabe melhor do que ninguém que tipo de confusão pode ocorrer no último dia de uma corrida por etapas: em 2021 ele perdeu a Paris-Nice após dominar toda a competição e vencer três etapas. Ele caiu a vários quilômetros da chegada e seus rivais, já lançados, não o esperaram, puxando direto para a chegada. Ele perdeu vários minutos e Maximilian Schachmann venceu a corrida e Primoz terminou em 15º na GC. Melhor bater na madeira.

Roglic festeja. Já tá tudo ganho? Calma que é ciclismo.


ÚLTIMA ETAPA

ETAPA 7  – Domingo 12 Março 2023

San Benedetto del Tronco -San Benedetto del Tronco
154 km – Plano

Fonte: Tirreno Adriático
Fotos: A.S.O. Aurélien Vialatte

Instagram