Depois de mais uma queda no final, um sprint de um grupo reduzido, Pascal Ackermann (UAE Team Emirates) venceu a Etapa 11 do Giro d’Italia 2023, quatro anos após suas duas primeiras vitórias da grande volta italiana, ao superar Jonathan Milan (Bahrain Victorious) por uma margem muito pequena na linha de chegada e com Mark Cavendish (Astana Qazaqstan) na terceira posição. De antemão, a maioria dos favoritos da GC caiu na descida do Colla di Boassi a 70km do fim. Geraint Thomas (Ineos Grenadiers) e Primoz Roglic (Jumbo-Visma) voltaram à bike, mas Tao Geoghegan Hart (Ineos Grenadiers) abandonou a corrida de ambulância. Thomas manteve a Maglia Rosa pelo segundo dia consecutivo.

Este Giro d’Italia 2023 parece de alguma forma encontrar uma maneira de nos fazer revirar no sofá todos os dias. Todos apostariam em um dia tranquilo hoje, já que a etapa foi longa – na verdade a mais longa deste Giro, com 219 km – e os seis ciclistas na fuga nunca causaram muita preocupação, pois a diferença nunca ultrapassou quatro minutos e a Trek-Segafredo sempre manteve ao seu alcance. O cenário ideal para um bom sprint final em Tortona, também graças às condições meteorológicas significativamente melhores desde ontem.

A etapa mais longa deste Giro terminou em Tortona

Mais uma vez, não foi esse o caso. Hoje foi mais um turbilhão de emoções, boas e ruins. Vamos começar com as notícias positivas, ou seja, o emocionante sprint final. Não foi particularmente limpo, pois uma queda a 1500 metros do fim quebrou o pelotão e mandou vários ciclistas para o chão, incluindo Fernando Gaviria (Movistar), cuja equipe trabalhou em vão durante todo o dia. Os 200 metros finais foram eletrizantes, com Mads Pedersen (Trek-Segafredo) abrindo o placar primeiro, mas logo sendo alcançado por Mark Cavendish e Pascal Ackermann, enquanto na retaguarda vinha Jonathan Milan, que infelizmente ficou sem estrada em sua incrível missão de perseguição individual.

O alemão Pascal Ackermann vence a Etapa 11

É uma vitória muito especial para mim, a primeira este ano depois que quebrei meu cóccix no ano passado. Hoje, pela primeira vez, consegui que meus companheiros me levassem às primeiras posições. Mostrei que posso e estou super feliz hoje. Todos os velocistas são muito fortes e foi uma finalização muito tensa. Eu não sabia o quão escorregadio estava, então decidi bater na frente cedo. Cavendish estava muito forte. Agora vamos trabalhar para os escaladores e espero que a segunda vitória da nossa equipe chegue logo.” – Pascal Ackermann

Ackermann levou assim para casa um sucesso que lhe faltava há 10 meses, o terceiro da sua carreira no Giro, depois de suas vitórias em Fucecchio e Terracina em 2019. Nos últimos dias ele não deixou de sorrir apesar dos resultados não terem chegado, hoje tem todos os motivos para isso.

Jens Voight é um figura! Disse que Pascal @Ackes171 tem o sorriso mais bonito do pelotão. 🙂 @voight pic.twitter.com/vcRIcEgsSI

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As notícias ruins, ou melhor, muito ruins vieram da descida do Colla di Boasi, onde Alessandro Covi (UAE Team Emirates) escorregou na estrada molhada, derrubando vários ciclistas da Ineos Grenadiers junto com Primož Roglič (Jumbo-Visma). Só o Maglia Rosa Geraint Thomas conseguiu amortecer o golpe ao cair sobre Covi, mas seu companheiro de equipe Tao Geoghegan Hart ficou gravemente ferido e foi forçado a abandonar a corrida em uma ambulância com uma fratura na bacia. Na própria temporada em que parecia ter alcançado a condição de 2020 e se autopromovia como um dos favoritos à vitória geral, o londrino infelizmente terá quer voltar para casa mais cedo. Na esperança de que a lesão não seja grave, desejamos sinceramente que ele se recupere rapidamente e esperamos vê-lo de novo em breve no Giro.

Como sempre, estávamos lutando por uma posição, um cara da UAE Emirates caiu ao meu lado. Eu não sei exatamente quem foi levado depois de mim. Estávamos praticamente no mesmo lugar. Infelizmente Tao [Geoghegan Hart] está gravemente ferido. Obviamente é uma grande perda. Ele estava indo muito bem. Ele estava em uma ótima posição e é muito lamentável perdê-lo dessa maneira”. – Geraint Thomas 

Geraint Thomas segue de rosa

Curiosidades

Esta foi a terceira vitória no Giro de Pascal Ackermann, que venceu também nas etapas de Fucecchio e Terracina em 2019. Ele não vencia uma corrida desde a Etapa 4 do Tour da Polônia no ano passado. É sua 39ª vitória profissional e também a 39ª etapa do Giro vencida por ciclistas alemães. Quarto #Top3 para Jonathan Milan desde a largada em Abruzzo. Mark Cavendish é o velocista puro mais antigo a chegar ao #Top3 de uma etapa do Giro. Ele fará 38 anos em quatro dias. Erik Zabel tinha 37 anos (mais 10 meses e 5 dias) quando ficou em segundo lugar em Milazzo em 2008. Gino Bartali foi o terceiro em Riva del Garda em 1953 com 38 anos 10 meses e 10 dias, mas não era exatamente um velocista. Com a saída de Tao Geoghegan Hart, não há mais nenhum ex-vencedor do Giro d’Italia no grupo, então haverá um 69º vencedor diferente da Corsa Rosa em Roma em 28 de maio.

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Fonte: Giro d’Itália
Fotos: LaPresse

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Quinta, 18.05.2023

ETAPA 12

Bra > Rivoli

179 km / Média montanha (2331 m)

O percurso reúne todas as características. um trecho montanhoso de 50 km, um grande plano desde Alba até à primeira passagem por Rivoli (75 km) e um circuito final (54 km) com a subida do Colle Braida. A primeira seção é ondulada e sinuosa, com curvas e ondulações sem fim. Depois de Alba, as estradas são moderadamente largas e principalmente retas. As áreas urbanas ao longo do circuito de fechamento são pontilhadas de rotatórias e ilhas de tráfego. A subida do Colle Braida, passando por Avigliana, tem 9,8 km de extensão, com inclinações superiores a 7% e máxima de 12%. Ao longo da descida e na aproximação à meta, o percurso torna-se mais intrincado por percorrer zonas urbanas.

Quilômetros finais
Os últimos 3 km estão dentro da área urbana de Rivoli. A estrada estreita entre o marcador de -2km e o triângulo vermelho; a rota então desce e faz uma curva, entrando no Corso Einaudi com 750 m de distância. Depois de uma curva fechada para a esquerda, o percurso sobe em declives de 8% por 200 m. A reta final (400 m) é em estrada de concreto (9 m de largura) e ligeiramente inclinada.

Onde assistir o Giro d’Itália?

DSports/Sky Brasil

A transmissão oficial do Giro d Ítália este ano para o Brasil será feita pela primeira vez pelo novo canal de assinatura de streaming DSports, com a narração de Sidney White e comentários de Leandro Bittar. Será bonito de ver. Requer assinatura.

RAI Internacional

Canal Italiano presente em diversos pacotes de TV por assinatura no Brasil, a RAI faz a transmissão da prova há anos e na língua local.

GCN+

GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.

Tiz-Cycling

Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.

Velogames

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