Foi um final dramático ao longo da costa em Salerno, no final de um dia chuvoso no sul da Itália, com a corrida marcada por três grandes quedas nos últimos sete quilômetros. O eventual vencedor Kaden Groves (Alpecin–Deceuninck) tocou no chão, mas voltou junto com o líder da corrida Andreas Leknessund (Team DSM) e o favorito do GC Primož Roglič (Jumbo-Visma). Remco Evenepoel (Soudal–Quick-Step) se envolveu em outra queda a 3 km do fim, então não perdeu tempo. Mark Cavendish (Astana Qazaqstan) cruzou a linha em quinto lugar e depois foi classificado em quarto após Alberto Dainese (Team DSM) ser rebaixado por sprint irregular. Atrás de Groves, Jonathan Milan (Bahrain Victorious), que manteve a Maglia Ciclamino por um ponto, e Mads Pedersen (Trek-Segafredo) completaram o pódio.

Muito antes do ex-ciclista Stefano Allocchio dar a largada na etapa entre Atripalda-Salerno, uma coisa estava clara: mais do que a altimetria, a verdadeira armadilha do dia seria o clima, a chuva, as estradas molhadas e o consequente nervosismo dos atletas. Os primeiros metros da etapa confirmaram isso plenamente. Uma fuga foi formada logo no início, com Martin Marcellusi, Samuele Zoccarato (Green Project-Bardiani CSF-Faizanè), Stefano Gandin (Team Corratec-Selle Italia) e Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), mas a harmonia durou pouco: em um das primeiras curvas complicadas, Gandin escorregou e puxou Marcellusi pro chão com ele. Pinot e Zoccarato derraparam, mas permaneceram em suas bikes, mostrando algumas habilidades notáveis.

Dia de muita chuva e escorregões na etapa de hoje do Giro

Eventualmente, a fuga se formou novamente, Gandin conseguiu alcançar Pinot e Zoccarato, – e Thomas Champion (Cofidis) que havia atacado nesse meio tempo – não Marcellusi, porém, que se deixou ser pego pelo pelotão. Pinot conquistou os pontos que queria no Passo Serra KOM e voltou a se espremer no pelotão, para não comprometer uma etapa que com esse tempo era melhor manter o mais tranquilo possível. Como se não bastasse, um cão vadio decidiu pular no meio da estrada. Felizmente, “apenas” dois ciclistas caíram, mas um deles foi Remco Evenepoel, que ficou no chão por alguns minutos, fazendo tremer os membros da equipe e os fãs do ciclismo em geral. No entanto, passado o choque, ele se levantou, voltou ao selim e ao pelotão apoiado pelos companheiros, pronto para retomar a caça ao Troféu Senza Fine.

E senza fine, sem fim, também pareciam ser as emoções que esta etapa queria que sentíssemos. Depois que o último sobrevivente da fuga, Zoccarato, foi pego, tudo apontava para uma corrida rápida, mas as fileiras desmoronaram feio faltando 7 km. Uma queda precoce dividiu o pelotão pela metade, deixando Primož Roglič, Jay Vine, Pascal Ackermann (UAE Team Emirates), Fernando Gaviria (Movistar) e até o Maglia Rosa, Andreas Leknessund (Team DSM), entre outros, para trás.

Feito? De jeito nenhum! Faltando 2,5 km, foi a vez de Evenepoel novamente. O Belga colidiu com um ciclista da Trek-Segafredo derrubando vários outros. Feito? Esqueça isso! Cerca de 30 ciclistas foram deixados para o sprint, e enquanto Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck) ultrapassou Jonathan Milan (Bahrain Victorious) e Mads Pedersen (Trek-Segafredo), Mark Cavendish (Astana Qazaqstan) colidiu com Alberto Dainese (Team DSM) com 50 metros para o final, perdendo o controle de sua bike e colidindo com Filippo Fiorelli (Green Project-Bardiani CSF-Faizanè) que milagrosamente permaneceu em sua bicicleta. O Britânico foi arremessado para fora da estrada, atingindo o pobre Andrea Vendrame (AG2R Citroën). Este último foi quem parecia ter saído pior (boa sorte para uma rápida recuperação!) e no meio de toda esta confusão, Cavendish conseguiu cruzar a linha de chegada em 4º lugar. Então, resumindo: vamos lamber nossas feridas e começar de novo amanhã… para outro dia chuvoso, espero que não escorregadio.

Esta foi a primeira vitória de etapa no Giro para Kaden Groves depois que ele conquistou a 11ª etapa em La Vuelta no ano passado. É a quarta vitória dele este ano, depois de duas etapas da Volta Catalunya e da Volta Limburg Classic. É também sua primeira vitória na Itália. Esta é a 40ª vitória de um ciclista Australiano no Giro. O primeiro foi de Michael Wilson em Cortona em 1982, o último de Michael Matthews há dois dias em Melfi.

Kaden Groves estoura o champagne no pódio

Houve um acidente na minha frente e puxei o freio dianteiro com muita força. Com um pouco de pânico, acho que caí. Infelizmente, levei meu líder Alex Krieger comigo. Felizmente, faltando 3 km para o final, consegui voltar para a frente. Eu já estava na terceira roda com 1 km para o final e tive que ficar atrás de um ciclista DSM. Mas acredito que fiz um sprint muito longo. Significa muito para mim vencer uma etapa aqui. Com a equipe, optamos por visar o Giro. Eu particularmente não classifico as vitórias em ordem. Com certeza é muito especial. A equipe merece isso.” – Kaden Groves

Fonte: Giro d’Itália
Fotos: LaPresse


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Quinta, 11.05.2023

ETAPA 6

Napoli > Napoli

162 km / Plana

Todo a etapa é ondulada e sinuosa, com inúmeras curvas e ondulações. Inicialmente, o percurso contorna o Vesúvio majoritariamente em vias urbanas, com alguns obstáculos ao longo do percurso visto que o rota atravessa alguns centros urbanos, e três passagens de nível. Depois de subir o Valico di Chiunzi, a rota chega à costa e segue a costa de Amalfi até Sorrento. O final da etapa é realizado inteiramente em estradas da cidade, passando por diversas áreas urbanas. As estradas são bem pavimentadas, com longos arrastos em pedra pórfiro moderadamente boa. O final da etapa na cidade de Nápoles é em estradas largas de asfalto.

Quilômetros finais
Nos últimos 3 km, o percurso sobe ligeiramente em estrada de paralelepípedos, com poucas curvas, e nivela-se nos últimos 2 km, até à Via Caracciolo. A reta final (900 m) é em asfalto de 9 m de largura.

 


Onde assistir o Giro d’Itália?

DSports/Sky Brasil

A transmissão oficial do Giro d Ítália este ano para o Brasil será feita pela primeira vez pelo novo canal de assinatura de streaming DSports, com a narração de Sidney White e comentários de Leandro Bittar. Será bonito de ver. Requer assinatura.

RAI Internacional

Canal Italiano presente em diversos pacotes de TV por assinatura no Brasil, a RAI faz a transmissão da prova há anos e na língua local.

GCN+

GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.

Tiz-Cycling

Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.



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