Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep) selou sua primeira façanha no Giro d’Italia ao vencer a etapa inicial com a Camisa do Campeão Belga de contra-relógio. Ele rodou no ritmo impressionante de 55,2 km/h e superou os outros especialistas, incluindo o Campeão Italiano Filippo Ganna (Ineos Grenadiers) em todos os terrenos, na seção plana da ciclovia e na subida até Ortona. Seu principal rival na Classificação Geral, Primoz Roglic, perdeu 43 segundos no percurso de 19,6 km. O jovem Belga veste a Maglia Rosa pela primeira vez na carreira.
Sejamos honestos sobre isso! Quem esperaria tal golpe logo no primeiro round? Muito poucos para dizer o mínimo! Hoje, Remco Evenepoel mostrou não apenas uma condição física incrível, mas parecia estar em um nível que talvez nunca tivesse alcançado antes. Por que? Por causa de Ganna. A locomotiva de Verbania fez um excelente contra-relógio, basta pensar que conseguiu vencer seu rival de longa data Stefan Küng (Groupama-FDJ) por 21 segundos, mas o Italiano teve que se curvar à força do fenômeno Belga.
Filippo Ganna
Em todos os contra-relógio desde La Vuelta no ano passado, usei um prato de 60 na frente. Não é fácil de uma vez, mas me sinto confortável com isso me dá muita confiança. Antes da corrida, pensei que seria uma ótima largada se ganhasse 15” em relação aos outros competidores do GC. Mais foi ainda melhor e prefiro começar um Grand Tour com alguma vantagem do que com déficit. 43” sobre Primoz Roglic é quase o mesmo que em La Vuelta, mas em uma distância menor. Estou um pouco surpreso por vencer hoje, mas este percurso me agradou bastante com longas retas e uma rampa curta para terminar. Estou super feliz. Eu sempre prefiro usar a Camisa do Arco-íris, mas a Maglia Rosa é uma boa mudança. Vou aproveitar todos os dias em que vestirei esta camisa.”– Remco Evenepoel
Bater Ganna em 22 segundos em um contra-relógio individual quase totalmente plano e nem tão longo, 19,6 km para ser mais exato, é uma evidência tangível de quão forte Remco estava hoje. A velocidade média de 55,2 km/h, com os últimos 3 km ligeiramente a subir, é uma prestação de encher os olhos, algo que nos diz claramente que a primeira Maglia Rosa deste Giro d’Italia poderá muito bem ser a última.
O tão esperado primeiro confronto direto entre Evenepoel e Primož Roglič terminou com uma derrota retumbante para este último, que temos certeza que nem mesmo o Esloveno poderia esperar. O capitão da Jumbo-Visma fez uma boa corrida no geral, absolutamente em linha com os outros favoritos, mas hoje o Campeão do Mundo apresentou um desempenho de classe mundial e uma margem de 43″ com menos de 20 km de competição é honestamente bastante.
Sem drama nenhum, vamos ser claros! A corrida pode começar a qualquer momento devido à tentativa de retorno necessária de Roglič, tendo em mente o que Jumbo-Visma foi capaz de fazer no Tour de France do ano passado para colocar Tadej Pogačar (UAE) em apuros e levar Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) à vitória. A obra-prima de Evenepoel pode, portanto, levar os rivais a reagir com orgulho desde as próximas etapas. Não há tempo para esperar ou jogar táticas, caso contrário Evenepoel pode muito bem ganhar lacunas gigantes. Lembre-se que outro contra-relógio está chegando na Etapa 9, de Savignano sul Rubicone a Cesena por um total de 35 km, e um Remco nesta forma pode tirar minutos de todos.
Há exatos 50 anos, seu compatriota Eddy Merckx venceu o Giro d’Italia ao permanecer com a Maglia Rosa do primeiro ao último dia. Remco poderia estar tentando levá-la até Roma como o governante indiscutível? Difícil dizer agora, mas nos próximos dias não seria surpreendente ver a Soudal-QuickStep “emprestar” a Maglia Rosa a um ciclista que, no papel, parece menos perigoso, de modo a evitar o stress, ainda que honroso, de sendo o número 1 o tempo todo. Nesse ínterim, todo mundo encontrou um rei para destronar.
Remco veste a Maglia Rosa pela primeira vez
Com a vitória de hoje, Remco Evenepoel é o 50º ciclista Belga a vencer uma etapa do Giro d’Italia. Eddy Merckx lidera a contagem com 25 vitórias. O último Belga a usar a Maglia Rosa foi Rik Verbrugghe, que também venceu a primeira etapa ao cronômetro na região de Abruzzo (de Montesilvano a Pescara em 2001). O penúltimo foi Johan De Muynck quando venceu a geral em 1978. O último Campeão Mundial de corrida de rua a levar a Maglia Rosa foi Cadel Evans em 9 de maio de 2010 em Utrecht. Antes do Australiano, foi Abraham Olano no Passo Pordoi em 1996.
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— BikeBlz (@BikeBlz) May 6, 2023
Fonte: Giro d’Itália
Fotos: LaPresse
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Domingo, 07.05.2023
ETAPA 2
Teramo > San Salvo
202 km / Plano
A etapa alterna entre trechos planos ao longo da costa e trechos montanhosos no interior. A rota inclui algumas subidas suaves (Bellante, Controguerra e Colonnella) e depois segue o Statale Adriatica até Silvi Paese, com pontos KOM em disputa no cume de uma subida de 4 km. A rota passa por Pescara (ao longo da costa) e inclui subidas até Chieti e depois Ripa Teatina (KOM). Depois de chegar novamente à beira-mar, a etapa continua ao longo da costa até a chegada em San Salvo. As estradas litorâneas são largas e com poucas curvas, enquanto as estradas interiores são mais estreitas, onduladas e curvas.
Quilômetros finais
Os quilômetros finais são essencialmente retos e perfeitamente planos, sendo as rotundas, divisores de trânsito e ilhas os impedimentos comuns. Uma rotunda a 1.400 m antes da chegada, a seguir ao fluxo do trânsito, conduz à última curva, a 1 km da linha. A reta final (1.000 m) é em asfalto de 8 m de largura.
Onde assistir o Giro d’Itália?
DSports/Sky Brasil
A transmissão oficial do Giro d Ítália este ano para o Brasil será feita pela primeira vez pelo novo canal de assinatura de streaming DSports, com a narração de Sidney White e comentários de Leandro Bittar. Será bonito de ver. Requer assinatura.
RAI Internacional
Canal Italiano presente em diversos pacotes de TV por assinatura no Brasil, a RAI faz a transmissão da prova há anos e na língua local.
GCN+
GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.
Tiz-Cycling
Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.
Velogames
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