O #Giro acabou e é hora de uma última análise dos resultados das equipes.

Trek-Segafredo

9,5/10

Uma vitória de etapa com Giulio Ciccone, boa batalha nas etapas, 10 dias na liderança, um Top 10 e a Camisa Branca para Juan Pedro Lopez. Melhor que qualquer expectativa prévia. Faltou uma vitória de etapa para Mollema completar a trinca nas grandes voltas, mas foi um resultado positivo para eles.

Juan Pedro Lopez terminou como Melhor Jovem no Giro d’Italia 2022


Bike Exchange

9,5/10

Simon Yates veio pra ser campeão, não chegou nem perto, mas venceu duas vezes e Matteo Sobrero fechou em alta com a crono de Verona. A Giant da BikeExchange dominou as duas cronos, venceu 3 etapas e salvaram bem a frustração. No grupo das equipes com 3 vitórias, difícil dizer que terminou com saldo que não seja positivo.

Matteo Sobrero venceu a crono final


Alpecin-Fenix

10/10

Um dos melhores e mais constantes times do mundo. Mesmo sem uma licença World Tour. O que faz a Alpecin é sobrenatural. Muito puxado por Van der Poel, um líder de peso que foi um evento à parte no Giro, mas também tem outros ciclistas de muita qualidade. Um time sólido que já acumula 8 vitórias em 4 Grandes Voltas.

Mathieu van der Poel foi um show a parte neste Giro

Lotto-Soudal

6/10

Thomas De Gendt Racing Team. Não fosse a vitória de De Gendt e seu aprendiz de fugas, Moniquet, poderíamos pensar que a equipe abandonou junto com Ewan. A sorte é que Arnaud De Lie tem somado muitos pontos vencendo corridas de um dia, pois se dependessem do Giro pra evitar o rebaixamento…

Thomas De Gendt venceu a etapa de Napoli

Jumbo-Visma

8/10

Koen Bowman fez das tripas coração e venceu outra etapa e tatuou a Camisa Azul no peito com autoridade. Affini e Leemreize batalharam também, mas não com o mesmo sucesso. O fim de Giro acabou sendo positivo, mesmo sem Dumoulin. Provavelmente até melhor do que com ele.

Koen Bowman foi o Rei da Montanha no Giro

Astana

5/10

Um Top 4 de Nibali no seu Giro de despedida e só. O Tubarão chama atenção, mas a equipe e ele são apenas um reflexo do que já representaram em outros tempos. Nolstagia e nada mais. Quase um souvenir.

O ‘Tubarão de Messina’ se despediu do Giro com um honroso 4º lugar

Bora-Hansgrohe

10/10

Duas etapas e a Camisa Rosa. A Bora foi talvez, a melhor equipe deste Giro e o casamento com Hindley revelou-se perfeito. Aguardaram e na hora certa arrebentaram Carapaz (Ineos). Sobem de patamar, juntos.

Bora-hansgrohe se mostrou a melhor equipe deste Giro

EF-Easypost

4/10

A terceira semana teve tentativas desesperadas de Magnus Cort Nielsen, mas só mesmo um 9º lugar de Hugh Carthy na Classificação Geral deu algum respiro à equipe e melhorou um Giro totalmente esquecível do time de Jonathan Vaughters.

EF EasyPost não teve muito sucesso neste Giro

AG2R e Israel Premier Team

1/10

Duas equipes que passaram quase completamente em branco. Ag2r ainda teve Andrea Vendrame errando a curva final no dia em que Bowman (Jumbo) venceu etapa. Israel nem isso. Malandra foi a Arkea que teve o mesmo resultado que ambas e ficou em casa.

Bahrain-Victorious
9/10

Santiago Buitrago é a grande revelação deste Giro, venceu uma etapa, foi 2º em outra e Mikel Landa terminou no pódio enquanto a Bahrain venceu o prêmio de melhor equipe. Mais uma grande volta boa da Bahrain que tornou-se um dos melhores times no mundo.

Bahrain Victorious esteve no pódio com Landa e venceu também como melhor equipe do Giro 2022

UAE Emirates

6,5/10

A equipe quase perdeu tudo na semana final. O abandono de João Almeida foi um golpe duro de assimilar para a UAE. Gaviria foi nulo para vitórias e só mesmo Alessandro Covi salvou vencendo no topo do Fedaia. Depositar tudo na Classificação Geral é um jogo arriscado e mesmo dividindo o foco, quase saíram de mãos vazias.

Alessandro Covi venceu a Etapa Rainha

Groupama-FDJ

10/10

As pretensões eram baixas, mas os resultados foram ótimos. 3 etapas e a Ciclamino para Arnaud Demare. What else? (O que mais?)

Arnaud Demare saiu com Camisa Ciclamino de melhor ciclistas por pontos

Intermarché

10/10

2 vitórias de Etapa, 2 ciclistas no Top 10 da Classificação Geral, várias vezes entre os melhores das etapas. A equipe queridinha do momento.

Biniam Girmay fez história e venceu uma das duas vitórias da Intermarché

Cofidis

5/10

Coadjuvantes. Saíram sem vitórias e sem um lugar no Top 10. Guillaume Martin e Consonni foram as melhores chances de vencerem etapas. E não correram o menor risco de efetivamente conquistarem uma.

Eolo, Bardiani e Androni

8/10

Animaram as etapas, chegaram perto da vitória algumas vezes e Fortunato terminou em 15º na Classificação Geral. Não há mais o que esperar deles. Talvez a Movistar devesse virar uma equipe convidada pra ver ser reage…

Quickstep

7/10

À parte da vitória de Cavendish, um Giro morno dos lobos de Pat Lefevere. Schmid e Vansevenant tentaram, o Suíço foi 2º até, mas a fase da equipe não parece como nos seus melhores anos. Tem muita lenha pra queimar, mas precisam abrir o olho. Há times pedindo passagem.

Cavendish não foi suficiente para o sucesso do seu time no Giro

Movistar

4/10

Um desavisado nem acreditaria que esta equipe venceu dois Giros nos últimos 10 anos. Pobre Vô-verde que fica entre caçar etapas e Classificação Geral. Alguém tem que denunciar este time por infração ao Estatuto do Idoso.

Vô-verde cansou de salvar o time

DSM

7/10

Uma etapa vencida por Dainese, algumas tentativas de Arensman mas foi só. Romain Bardet perdeu grande chance de brigar por título e pódio e a equipe também. Arensman sai em alta depois de ser 2º na crono. Veremos mais dele em breve.

Dainese virou criança ao comemorar sua vitória de etapa

Ineos Grenadiers

 7,5/10

A equipe desmontou ao passar das etapas e nunca pareceram ter força ou disposição para mudar o que era extremamente equilibrado. No fim, zero etapas e outro pódio para Carapaz. Dificilmente vencem uma Grande Volta esse ano. Será por isso que foram pra vencer as Clássicas? A Paris-Roubaix é o suficiente para justificar o maior orçamento do World Tour? Veremos. Renovações se anunciam no horizonte da Ineos.

Carapaz terminou em segundo no Giro 2022

E foi isto, o Giro não foi muito Giro, como diria a expressão usada na terra de Pedro Álvares Cabral, tivemos emoção nas etapas, mas uma batalha pela Classificação Geral um pouco morna. A primeira semana foi divertida, algumas etapas eletrizantes e Biniam Girmay Van der Poel foram as grandes estrelas. Para esta edição, atribuo uma nota 6,5. Certamente não foi dos melhores que vimos e nem se compara às melhores edições dos últimos anos. Esta coluna voltará no Tour de France buscando entretenimento e com sangue nos olhos. Nos vemos em breve!

Fotos: Alpozzi/D’Alberto/Ferrari/Paolone/ LaPresse


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