74,5 km em uma etapa encurtada devido às condições climáticas na largada foram suficientes para proporcionar um espetáculo de escaladores quando Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) atacou na penúltima colina antes de lutar contra dois sul-americanos até a estação de esqui de Crans-Montana, na Suíça. Pinot acelerou várias vezes. Jefferson Cepeda (EF Education–EasyPost) respondeu e Einer Rubio (Movistar) esperando sua hora chegar. A mais nova joia do ciclismo Colombiano, já vencedor de etapa sobre Jebel Jais no Tour dos Emirados Árabes Unidos, foi inteligente o suficiente para ultrapassar o Francês que voltou a ser o Rei das Montanhas.

Hoje foi uma espera contínua. Esta manhã, as condições climatéricas levaram os ciclistas a pedirem um encurtamento da etapa, o que conseguiram e com isso, tivemos de esperar até às 15h para arrancarmos de fato. Então, depois de uma partida bastante explosiva no Croix de Coeur, esperamos impacientemente pela subida do Crans-Montana para ver como as coisas funcionariam entre os fugados nos primeiros quilômetros – formada por Thibaut Pinot (Groupama -FDJ), Einer Rubio (Movistar), Valentin Paret-Peintre (AG2R Citroën), Derek Gee (Israel-Premier Tech) e Jefferson Cepeda (EF Education-EasyPost) – e entre os grandes nomes do GC, de quem finalmente alguma ação foi esperada.

O Giro visitou hoje montanhas Suíças

Na frente, apesar da impaciência e dos ataques de um Pinot bastante nervoso, tudo se resumia aos últimos metros emocionantes e imprevisíveis, valendo a pena a espera. Pelo contrário, de volta ao pelotão a espera foi em vão, pois Primož Roglič (Jumbo-Visma) decidiu que poderia ser uma jogada inteligente no long-run, deixar a Maglia Rosa nos ombros de Geraint Thomas (Ineos Grenadiers) por mais alguns dias, com a Ineos-Grenadiers tendo que suportar o trabalho duro e a pressão mental de serem líderes da corrida.

Em suma, hoje foi um impasse: a calmaria antes de uma tempestade que explodiu apenas parcialmente. Pinot, Cepeda e Rubio não desiludiram, com este último a conseguir aproximar-se constantemente dos seus rivais, que pareciam ter mais combustível sobrando. Pinot atacou pelo menos cinco vezes na subida, mas sempre encontrou uma resposta rápida de Cepeda e uma resposta firme, mas confiável, do Colombiano da Movistar.

Rubio, Cepeda e Pinot fizeram a fuga do dia

Quanto mais Cepeda voltava à roda de Pinot, mais exasperado ficava o emocionado Francês, situação que gerava ainda mais ataques, a maioria deles sem qualquer sentido lógico real. No espaço de alguns quilômetros, Crans-Montana forneceu um instantâneo da personalidade de Pinot, um temperamento que o torna um dos ciclistas mais amados do pelotão: e muito forte, de fato, mas talvez muitas vezes vítima de seus próprios sentimentos e impulsos. Assim, enquanto Pinot e Cepeda se debatiam – até o Equatoriano tentou alguns sprints, mas não conseguiu tirar Pinot do volante – e Rubio aproveitou o ingresso na primeira fila do show.

Entre uma escaramuça e outra, o Colombiano conseguiu se agarrar aos rivais, que não o estimavam muito, convencidos de que a vitória da etapa seria uma questão entre os dois. E o ciclista da Movistar não poderia ter pedido melhor negócio: tudo o que ele precisava fazer era superar seus ex-companheiros de fuga nos últimos 200 m e obter sua primeira vitória no Giro d’Italia, deixando Pinot com um decepcionante, mas absolutamente respeitável, segundo lugar.

Foi um dia fantástico para mim. Pinot e Cepeda pareciam os mais fortes, tive que jogar com inteligência. Sou rápido e explosivo, então procurei me salvar. Esperei o momento certo para atacar. Perguntei ao meu diretor esportivo como foi o último quilômetro. Estou super feliz. É um dia esplêndido, minha primeira vitória no Giro d’Italia… Aprendi muito na Itália desde 2017. Eu queria fazer este Giro para GC, mas um dia chuvoso, tive que parar e não consegui cruzar para o pelotão, então perdi um pouco de tempo. Pretendo trabalhar de maneira diferente nos próximos anos.” – Einer Rubio 

Einer Rubio estoura o champanhe no pódio

Curiosidade

Primeira vitória no Giro para Einer Rubio. Sua única vitória profissional até agora foi a etapa 3 do Tour dos Emirados Árabes Unidos até o cume de Jebel Jais em fevereiro deste ano. Na categoria Sub23, só venceu corridas em Itália: 2 etapas do Giro d’Italia Sub23 (em 2018 e 2019), GP Capodarco em 2018 e a Etapa 2 do Giro del Friuli em 2018. É a 33ª vitória de etapa dos Colombianos no Giro. A primeira foi há quase 50 anos, por “Cochise” Rodriguez em Forte dei Marmi em 3 de junho de 1973. Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious) havia vencido a última em Lavarone no ano passado. Geraint Thomas tem agora tantas Maglia Rosa quanto Mark Cavendish (Astana): 4. Apenas um ciclista Britânico tem mais: Simon Yates (13).

A etapa foi encurtada, mas no final do dia ainda foi uma boa corrida. Foi intensa, a forma como fizemos a segunda subida. Definitivamente há lugar para etapas longas nos Grand Tours, mas o futuro é mais curto e intenso de qualquer maneira. O vento contrário na última subida pode segurar algumas pessoas, não tenho certeza. Estávamos esperando o ataque, mas ninguém realmente apareceu. Roglic provavelmente está feliz em me deixar vestir a camisa. Mas queríamos pegar Hugh Carthy. Mantivemos a corrida sob nosso controle.” – Geraint Thomas

Fonte: Giro d’Itália
Fotos: LaPresse


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Sábado, 20.05.2023

ETAPA 14

Sierre > Cassano Magnago

194 km / Plano

A etapa envolve uma subida desafiadora logo no início, seguida de 150 km de descida e terreno plano. Depois de chegar ao Passo Simplon, a rota apresenta uma descida técnica que leva de volta à Itália, com vários túneis. As estradas são largas e retas na primeira parte, desde a fronteira até o Lago Maggiore, e mais intrincadas ao longo da margem do lago. O percurso é um pouco mais acidentado na parte final, passando por Sesto Calende, mas ainda em estradas bem pavimentadas. Dispositivos de moderação de tráfego comuns serão encontrados em áreas urbanas.


Quilômetros finais
A fase final é disputada principalmente em áreas urbanas, sem impedimentos particulares. As estradas são retas, quase sem curvas. O arremesso no quilômetro final paira logo abaixo da marca de 3%. A reta final (300 m) é em asfalto de 8 m de largura.


Onde assistir o Giro d’Itália?

DSports/Sky Brasil

A transmissão oficial do Giro d Ítália este ano para o Brasil será feita pela primeira vez pelo novo canal de assinatura de streaming DSports, com a narração de Sidney White e comentários de Leandro Bittar. Será bonito de ver. Requer assinatura.

RAI Internacional

Canal Italiano presente em diversos pacotes de TV por assinatura no Brasil, a RAI faz a transmissão da prova há anos e na língua local.

GCN+

GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.

Tiz-Cycling

Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.



Velogames

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