Após as dificuldades em Sega di Ala, Egan Bernal (Ineos Grenadiers) parece ter aprendido com os seus erros e controlou com clareza no Alpe di Mera a etapa de hoje. Uma escalada dura, onde seus adversários tentaram atacá-lo nos últimos quilômetros.

No final porém, o único a vencer foi Simon Yates (Bike Exchange), mostrando ter aprendido também suas lições, ao chegar nesta última semana com a força que lhe faltou em outras ocasiões. Começou o Giro praticamente sumido e agora mostra toda a sua competência e muita disposição para vencer a etapa de hoje, sem esquecer que também foi fruto do trabalho de sua equipe, que desde o início deixou claro a sua estratégia de brigar pela vitória do dia.

O Britânico que sem nada a perder e tudo a ganhar, fez um ataque na última escalada e se afastou do grupo da classificação geral nos seis quilômetros finais, formado por Bernal, Damiano Caruso (Bahrain Victorious), Aleksandr Vlasov (Astana), Almeida (Deceuninck-Quickstep) e George Bennett (Jumbo-Visma). Bernal preferiu esperar e seguir controlando o seu ritmo, com a escolta de Jonathan Castroviejo e Dani Martínez na frente, que tiveram um papel inestimável na subida final, com um excelente trabalho de Martínez, que neutralizou o último grupo formado por Caruso, Vlasov e Almeida. Enquanto isso, Yates seguia solo e forte na frente para cruzar a linha final.

Bernal mostrou ainda que o talento e maestria de um bom ciclista não se medem apenas pelas condições físicas que apresenta, mas também pela inteligência que sabe usar em momentos de crise.

O Colombiano perdeu cerca de trinta segundos em relação a Yates, na terceira colocação na Geral, mas conseguiu abrir quatro segundos sobre o italiano Damiano Caruso, que está em segundo.

Na etapa, Bernal terminou em terceiro atrás de João Almeida que mostra-se cada vez mais ser um grande contender e que provavelmente já deve estar a lamentar os minutos perdidos para ajudar Evenepoel (Deceuninck-Quickstep) na etapa de Montalcino. Será que ele estaria lutando pelo pódio se não tivesse sido gregário do Belga? Jamais saberemos.

Resta a última etapa de amanhã antes do contra-relógio de Milão. Mais de 4.200 metros de ganho de elevação com o Passo de San Bernardino, o Passo de Spluga e a chegada em Alpe Motta após uma longo trecho em território Suíço. As energias estão à vista de todos, e é por isso que a crise pode estar sempre ao virar da esquina.

Uma coisa é certa: amanhã será o confronto final.


PRÓXIMA ETAPA

Verbania > Valle Spluga – Alpe Motta
164,4 Km / ALTA MONTANHA (3867 m)

O teste mais difícil na semana final vem no estágio 20. Embora a corrida não termine aqui, o Passo san Bernardino (23km à 6,3%) vai colocar qualquer um na ponta da faca. A etapa termina no Alpe Motta, uma subida de 7,4km à 8,5% e há poucos quilômetros da fronteira entre a Suíça e a Itália. Aqueles que normalmente perdem tempo na disciplina de contra-relógio farão de tudo para ganhar o máximo de tempo possível.

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