Há uma certa beleza no Aertismo. Talvez você não me entenda de primeira se não for um dos que engrossam esse movimento global. Mas ser fã de Wout Van Aert (Jumbo-Visma) significa viver em constante suspense. Sim, suspense e muitas vezes, frustração. Por que ser fã de alguém que está em disputa nos mais variados terrenos, significa chegar perto da vitória muito mais vezes do que de fato alcançá-la.
Como diria Armando Nogueira: “Heróis são reféns da glória, vivem sufocados pela tirania do alto desempenho”. E Wout sofre. Prata em Olimpíadas e Mundiais, Monumentos e, agora, durante 3 etapas consecutivas no Tour de France. Na etapa 03 atingiu a marca de cem vezes ter sido 2º colocado na carreira, entre cyclocross e corridas de estrada. Tão perto e tão longe. Mas hoje, a Jumbo tinha uma missão: fazer a sorte sorrir de volta para seu líder.
De volta ao lar
O Tour deu adeus às estradas e público Dinamarqueses e retornou à terra natal. Uma etapa entre Dunquerque e Calais com um percurso acidentado e cheio de subidas curtas e intensas em estradas sinuosas. Um terreno que marcou uma fuga reduzida, composta de dois ciclistas: Magnus Cort Nielsen (EF-Easypost) e Anthony Perez (Cofidis). Magnus, o herói do Grand Depart, queria continuar somando pontos de montanha e assim o fez, passando em primeiro no topo das colinas junto a Anthony Perez. O pelotão que chegou a dar 7 minutos de vantagem aos escapados, começou a buscar ao entrar já nos últimos 60 quilômetros.
Pelotão de volta ao lar
45 quilômetros antes do fim, Perez atacou e seguiu solitário para tentar ser o mais combativo do dia, o pelotão capturou Cort Nielsen e o Francês da Cofidis teve liberdade para seguir à frente do pelotão pelos últimos quilômetros do dia.
Cort e Perez fizeram a fuga do dia
O ciclista da Cofidis, que acabou sendo o mais combativo, segurou o pelotão até a subida final, a 12 quilômetros do fim, o Côte du Cap Blanc-Nez (uma colina de 1 km à 7.2% de inclinação). Ali as equipes vieram acelerando, a Trek antes e então a Jumbo-Visma, a fim de largar os sprinters para trás. A Jumbo aproveitou de sua força e botou um bloco na frente com Kruisjwick e Benoot acelerando para quebrar tudo. Van Baarle e Adam Yates (Ineos Grenadiers) foram os únicos que conseguiram seguir, com apenas Yates e Vingegaard (Jumbo-Visma) seguindo Van Aert até perto do topo, mas o Britânico da Ineos não conseguiu seguir o Camisa Amarela, que desceu para a chegada escapado.
O ataque brutal da Jumbo-Visma, como já haviam feito na Paris-Nice, deixou o caminho livre para Wout van Aert vencer solo a etapa de hoje. #TDF2022 https://t.co/3V0GUu0srv
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Groenewegen (BikeExchange) e Jakobsen (Quick Step Alpha Vynil) ficaram para trás e entre os favoritos pela Classificação Geral, Yates e Vingegaard alguns segundos à frente do pelotão com Pogacar (UAE), Roglic (Jumbo-Visma) e outros rivais. A descida até Calais foi alucinante e Van Aert voava, a 60 km/h rumo a linha de meta. Os grupos se juntaram atrás, mas mesmo com a Quick Step perseguindo, a vantagem permanecia estável.
#ÚLTIMOKM da vitória solo de Wout van Aert na etapa 5 do #TDF2022 https://t.co/Fpr1eBHPcf
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Nos últimos dois quilômetros, a diferença para o pelotão perseguidor era de 26″. O líder das Camisas Amarela e Verde do Tour sabia: ele finalmente venceria neste Tour e melhor: vestido como líder. A última vez que um ciclista venceu uma etapa plana com a Camisa Amarela tinha sido Fabian Cancellara, em 2007. Mais um feito para este gigante Van Aert.
Com o pelotão ao fundo, ele pôde celebrar. Ergueu os braços e os bateu, como se fossem asas, como uma ave de rapina, que cercou a presa e finalmente deu um bote fatal. Vencer para ele, neste Tour de France, não era uma questão de “se”, mas “quando”. Parafraseando novamente Armando Nogueira, para o Belga da Jumbo-Visma, a vitória aqui não era “uma escolha, era predestinação celestial”. O Ciclismo agradece. Os Aertistas de todo mundo, também. Que venha mais espetáculo!
A torcida Francesa também fez bonito
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Foto: ASO/Pauline Ballet, Charly Lopez, Aurélien Vialatte
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PRÓXIMA ETAPA
Quarta, 06.07.2022
ETAPA 5
LILLE MÉTROPOLE
157 km / Plano
Em 2018, a última etapa do Tour sobre os paralelepípedos, terminou com John Degenkolb vencendo em Roubaix. Esta etapa contará com uma quantidade equivalente de ação trepidante no que é o desafio mais duro da semana de abertura. Boa preparação e concentração total serão as melhores armas dos favoritos do Tour para lidar com a apreensão nesta prova.
Onde assistir ao Tour de France 2022?
#TacoPapo BikeBlz
Com programas transmitidos AO VIVO todo Domingo às 18hs, com participação de Junimba, Allan Almeida, Adriana Nogueira, Edwin Contreras e convidados, nos nossos canais no Twitter, Youtube, Twitch e Facebook, nós aqui do BikeBlz vamos cobrir o Tour de France em programas especias com participação da equipe do site.
ESPN 3/Star +
ESPN 3 / Star + é o canal a oficial da prova para o Brasil com excelentes narrações do garoto de ouro da casa Renan do Couto e comentários do já folclórico Celso Anderson. Requer pacote de assinatura de TV a cabo e/ou streaming.
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Tiz-Cycling
Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.
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