49,376 km/h. Esta foi a velocidade média da 6ª etapa deste Tour 2022 e uma das mais rápidas da história. Não só isso, mas também a mais longa desta edição. A Camisa Amarela voou no trecho entre Bélgica e Longwy de carona com Wout Van Aert (Jumbo-Visma) e passou de um chefe do pelotão para outro, pois Tadej Pogacar (UAE Team) assumiu com a vitória na chegada em subida, batendo Michael Matthews  (Bike Exchange) e David Gaudu (Groupama-FDJ) ao sprint.

O Camisa Amarela foi pra fuga na Etapa 6

Formação da fuga e suspense em amarelo

A luta pela fuga demorou 80 quilômetros para ter um fim. Inúmeras acelerações e contra-ataques viram atletas de times variados atacarem e serem capturados até que finalmente, um trio forte escapou ao pelotão: Wout Van Aert, Quinn Simmons (Trek Segafredo) e Jakob Fuglsang (Israel-Premier Tech). É incomum ver o Camisa Amarela atacar, normalmente esta é uma posição em que os ciclistas correm a defender, mas a exemplo do arquirrival no ano passado, Mathieu Van der Poel (Alpecin-Deceuninck), Van Aert queria dar um show e vencer desta maneira. A disputa foi tão intensa que as primeiras 3 horas de prova foram percorridas a 50,2 km/h. Um absurdo total!

Já dentro dos 70 quilômetros finais, Fuglsang decidiu abdicar da fuga e voltou ao pelotão, deixando Wout Van Aert e Simmons em dupla à frente do pelotão que buscava nervoso. Mas a vantagem dos dois permanecia estável e muito por causa do Camisa Amarela que rodava como uma moto. E isso de maneira literal. Não digo eu, disse o companheiro de fuga dele, Quinn Simmons:

Wout van Aert e Quinn Simmons fizeram a fuga do dia

Me senti como se estivesse pedalando atrás da scooter do meu pai. Isso foi absolutamente algo especial. A primeira vez que fiz parte de uma fuga no Tour e com o Camisa Amarela. Não sou do tipo que disputa o segundo lugar, mas é claro que não posso vencer Wout. Para  uma etapa do Tour, não é tão ruim.” – Quinn Simmons

E o Americano da Trek resistiu até 27 quilômetros do fim, mas mesmo assim não conseguiu manter o ritmo do Belga. Uma combinação de equipes, UAE, Ineos, EF e Arkea puxavam na frente do pelotão mas o líder do Tour de France ainda manteve a vantagem por alguns quilômetros e ao chegar na parte mais sinuosa do fim da etapa. Mas o esforço se provou enorme contra um pelotão que vinha com menos desgaste e a aventura de Wout acabou há 10 quilômetros do fim. Um dia em que ele causou o caos e pânico na despedida da Camisa Amarela. Como pedir mais?

De patrão para patrão, uma nova vitória e liderança

10 quilômetros finais nervosos como se fosse uma etapa de sprint se seguiram. A velocidade não muito diferente também. Wout não venceria a etapa e abriu mão de lutar pela Camisa Amarela. Teríamos um novo líder. Provavelmente Neilson Powless (EF Education-Easypost), que subiu para segundo lugar na Classificação Geral após a Etapa 5. Mas ainda tinha uma surpresa.

Pogacar venceu e veste a Camisa Amarela

A chegada em Longwy indicava ataques dos homens de Clássicas ou sprinters mais resilientes, mas algumas subidas mais duras um pouco antes fizeram os escaladores também chegarem em condições de disputar a vitória. Vlasov (Bora-hansgrohe) teve um tombo há 8 quilômetros da meta, mas tão rápido quanto foi ao chão, levantou e se reconectou ao grupo. Um estado de espírito de quem está muito ligado na prova e com objetivos grandes em mente. Uma anotação para as etapas futuras.

A UAE, tão criticada, por aparentemente não dar tanto suporte a Pogačar, fez uma embalada para sprint colina acima preparando para quando Pogačar arrancar, mas Primoz Roglič (Jumbo-Visma) acelerou para surpreender o compatriota. Pogi segurou a roda do rival e Michael Matthews (BikeExchange) e David Gaudu (FDJ) eram os adversários mais próximos pelo sprint, mas não tinham como igualar-se.

Nem um forte velocista, nem um potente escalador eram capazes de bater o infernal Pogačar, que reúne o melhor dos dois: velocidade e escalada. Tadej Pogačar, bicampeão do Tour, vence pela 7ª vez uma etapa e encontra-se novamente com a Camisa de Líder. O dono dela por direito, recebe do ciclista que tocou fogo nas etapas iniciais. Uma passagem de bastão que não se vê em qualquer evento. Ou melhor: só no Tour de France.

Amanhã, outro reencontro: o favorito a vencer o Tour pela terceira vez, visitará novamente La Planche des Belle Filles. O lugar onde, pela primeira vez, Tadej Pogačar chegou como um jovem maravilha, de Camisa Branca e saiu de Amarelo. Mas agora, ele chega com dois títulos e vestindo amarelo. Os rivais que se preparem.

Wout perdeu a Camisa Amarela, segue de Verde e deu um show à parte

Hastags da prova: #TDF2022#BikeBlz
Foto: ASO/Pauline Ballet, Charly Lopez, Aurélian Viallate


PRÓXIMA ETAPA

Sexta, 08.07.2022

ETAPA 7

TOMBLAINE>LA SUPER PLANCHE DES BELLES FILLES
176,3 km / Alta montanha (2526 m)

Embora este seja o primeiro cume do Tour 2022, ele não chega ao final de uma autêntica etapa de montanha. No entanto, o Super Planche des Belles Filles garante sempre um final de alta intensidade. Como o grande teste de escalada do dia, as lacunas no final não devem ser tão substanciais, mas as posições finais dos ciclistas darão uma forte indicação da forma dos candidatos ao pódio.


Onde assistir ao Tour de France 2022?

#TacoPapo BikeBlz

Com programas transmitidos AO VIVO todo Domingo às 18hs, com participação de Junimba, Allan Almeida, Adriana Nogueira, Edwin Contreras e convidados, nos nossos canais no Twitter, Youtube, Twitch e Facebook, nós aqui do BikeBlz vamos cobrir o Tour de France em programas especias com participação da equipe do site.

 

ESPN 3/Star +

ESPN 3 / Star + é o canal a oficial da prova para o Brasil com excelentes narrações do garoto de ouro da casa Renan do Couto e comentários do já folclórico Celso Anderson. Requer pacote de assinatura de TV a cabo e/ou streaming.

GCN+

GCN+ é um pacote de assinatura exclusivo de ciclismo, com transmissão do canal Eurosport (disponível apenas em inglês, francês, alemão e italiano). Corridas ao vivo ou por demanda de todas as provas do calendário. Tanto as provas masculinas, quanto as femininas, incluindo a temporada de Cyclocross. As provas têm transmissão geralmente de dois ex-ciclista profissionais: o excelente Sean Kelly (9X campeão de Clássicas Monumento, vencedor da Vuelta a España de 1988 e várias vitórias no Giro di Lombardia, Milan-San Remo, Paris-Roubaix e Liège-Bastogne- Liège) e Brian Smith. Algumas provas recebem também a excelente comentarista holandesa, José Been. Para ver as provas no Brasil é necessário instalar um VPN no navegador/browser, para simular um IP, destravando assim o bloqueio de geolocalização. Não é necessário fazer a assinatura do VPN. A sua versão gratuita atende bem.

Tiz-Cycling

Tiz-Cycling é um site pirata que transmite ilegalmente e de graça o sinal de todas as provas de ciclismo do mundo. As Grandes Voltas (GTs), os campeonatos nacionais, as Clássicas Belgas, Paris-Roubaix, ciclismo feminino, cyclocross. Tudo! Veja a nossa ENTREVISTA EXCLUSIVA com 10 perguntas para o canal Tiz Cycling. Descobrimos que além de norte-coreano, apenas 3 pessoas são responsáveis pelo site. Todos malucos por ciclismo. Só pode.


Start List

Confira a lista completa dos atletas aqui →


Velogames

O Tour de France claro terá o seu Velogames e é sempre um dos mais animados e disputados, então venha se divertir com a gente. Monte agora o seu time e participe da nossa Liga BikeBlz > #13044627

→ Monte agora o seu time e divirta-se


Siga o BikeBlz no Youtube, no Twitter, TwitchInstagram e também no Facebook

Acompanhe tudo sobre o TOUR DE FRANCE 2022 no BikeBlz

Todo dia pela manhã, publicamos as informações do #RACEDAY para você ficar por dentro das corridas e das etapas do dia. Siga-nos nas nossa redes sociais e nunca mais perca uma corrida do esporte que tanto amamos.


Twitter @BikeBlz

[custom-twitter-feeds screenname = bikeblz]

Instagram