A Jumbo-Visma faz absolutamente tudo o que quer nesta Volta à França. Na penúltima possibilidade para os sprinters, já com 4 vitórias de etapa e três camisas garantidas, as abelhas Holandesas puderam dar-se ao privilégio de vencer uma etapa com um gregário de luxo: Christophe Laporte. O homem que veio contratado para trabalhar para Wout Van Aert nas clássicas e sprints massivos, teve novamente outra chance de brilhar, após a vitória na etapa inicial da Paris-Nice deste ano. Certamente em uma equipe com tantos líderes de peso, Christophe teve menos chances de brigar por suas próprias vitórias, mas quando as teve, venceu coisas muito maiores do que jamais tinha feito em toda a sua carreira.

188 quilômetros com algumas colinas, chance de vento cruzado, mas razoavelmente plano. Era uma etapa com grandes chances de uma disputa dos velocistas. Depois de três dias nos Pirineus, o pelotão estava cansado, não houve muita batalha, mas uma fuga forte se formou. Os escapados nunca receberam muita vantagem de tempo, sempre foram mantidos em rédea curta e após 150 quilômetros, Quinn Simmons (Trek-Segafredo) foi o último remanescente da fuga original a ser capturado pelo pelotão.

A fuga do dia rendeu também belas fotos

Tadej Pogacar (UAE) que sofreu com um furo de pneu quilômetros antes, ainda fez um ataque para animar a etapa, mas sem uma sobrevida muito longa. Apenas para divertir, talvez seja a natureza de Pogi. Um outro trio atacou também, Alexis Gougeard (B&B Hotels), Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) e Fred Wright (Bahrain-Victorious) que escaparam do pelotão até os metros finais.

Wout Van Aert (Jumbo-Visma), ao contrário dos outros dias, não foi para a fuga e nem disputou o sprint. Ele controlou o grupo de escapados nos quilômetros finais até próximo a chegada, onde Christophe Laporte atacou a 1,5 km do fim e alcançou os remanescentes da fuga.

Última etapa para os sprinters antes de Paris

Nos últimos metros finais, sinuosos e em leve ascensão, Laporte aproveitou o embalo dos escapados e lançou o próprio sprint com vantagem para os trens de embalada que vinham de trás, surpreendidos pela ação do Francês da Jumbo-Visma. A Alpecin-Deceuninck embalou Jasper Philipsen para a segunda vitória e ele bateu todos os rivais. Exceto Laporte. A primeira e única vitória da França neste Tour tinha de vir da melhor equipe. A equipe que levou Christophe à Camisa Amarela da Paris-Nice e ao pódio de Clássicas como a Gent-Welvegen e a E3. A Jumbo-Visma faz o que quer no Tour 2022 e hoje quis que Laporte vencesse. E assim o foi. O que será que desejam para as próximas etapas?

Restam 2 dias até Paris !

Jumbo-Visma faz o que quer nesse Tour de France, até fazer Laporte vencer

Hastags da prova:#TDF2022, #BikeBlz
Fonte: Tour de France
Fotos: ASO/Pauline Ballet, Charly Lopez, Aurélian Viallate


PRÓXIMA ETAPA

Sábado, 23.07.2022

ETAPA 20

LACAPELLE-MARIVAL>ROCAMADOUR
40,7 km / Contrarrelógio individual

O bom desempenho num contrarrelógio no final do Tour exige sempre um certo tipo de alquimia, decorrente do grau de frescor de um ciclista após três semanas de corrida, da sua motivação dada a sua possível posição final na Classificação Geral e da sua intrínseca qualidade nesta disciplina solo. Além disso, em 2022 haverá uma final com duas subidas a caminho do ponto alto de Rocamadour.

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