O Gregário Radio dessa semana, sempre apresentado por Leandro Bittar e Nicolas Sessler, chega também no BikeBlz para discutir e porque não, cornetar as novas regras definidas pela UCI para tentar dar mais segurança as provas do pelotão profissional. E a mais controversa delas é a proibição a partir de 1º de Abril da posição conhecida como ‘Supertuck’. A prática executada com maestria por muitos ciclistas do pelote em busca de mais aerodinâmica, principalmente em descidas, tem entre os seus destaques, a executada por Chris Froome que consegue inclusive pedalar na posição. O programa está imperdível! Ouça agora o Gregario Radio no BikeBlz para conferir esse belo papo. APERTE O PLAY!
E AINDA…
Lixo no lixo
Além disso a UCI também determinou áreas específicas para descartes das caramanholas e tentar evitar assim acidentes como o que tirou Geraint Thomas do Giro d’Italia do ano passado, antes mesmo da largada da prova. A partir de agora haverá a obrigação de criar zonas de coleta de lixo a cada 30 a 40 km, para que os pilotos tenham a possibilidade de se livrar de resíduos ou garrafas.
Novas barreiras
Uma outra mudança e talvez a mais importante é referente a montagem das barreiras de proteção nas chegadas de prova. Afinal ninguém mais quer ver a o que aconteceu na chegada em sprint do Tour de Polônia do ano passado e que causou severas consequências principalmente ao ciclista da Deceuninck–Quick-Step, Fabio Jakobsen e uma suspensão de 9 meses a Dylan Groenewegen, da Jumbo-Visma.
Segundo o documento, “deverá ser estabelecida várias medidas (por exemplo, pesagem e também posicionamento de barreiras na linha de chegada para evitar qualquer espaço entre elas) e um conjunto de padrões para barreiras utilizadas a partir do início da temporada de 2022. Além disso, deverá ser nomeado e treinado para todos os eventos, um ‘Gerente de Segurança do Evento’; onde a UCI desenvolverá o conteúdo da missão desses gerentes e estabelecerá um sistema de certificação baseado na experiência e treinamento.”
Uma equipe a mais nas grandes voltas
Uma das melhores novidades a ser implementada já nesta temporada é o da inclusão de uma equipe convidada a mais nas grandes voltas, fazendo com que o pelotão salte de 176 para 184 ciclistas no total e que com certeza fará bastante diferença a todo o universo em torno destas equipes menores e seus patrocinadores, que estão sempre lutando por sobrevivência. Oferecendo assim oportunidades a várias equipes e seus pilotos de poderem participar das maiores competições do calendário, em um período onde estão acontecendo significativamente menos provas.
Dinheiro extra para o ciclismo feminino
Como parte de sua estratégia para o desenvolvimento do ciclismo profissional feminino, a UCI decidiu fazer também uma contribuição financeira para o braço feminino da CPA (Cyclistes Professionnels Associés), a entidade que representa os interesses dos ciclistas profissionais. Apesar de não ter divulgado a quantia, no mesmo documento, diz “que esta contribuição vem somar-se à que foi aprovada pela UNIO, a associação reconhecida que representa as equipas femininas profissionais da UCI”, e que ‘decidiu dar uma contribuição excepcional de 400.000 Euros para o fundo de transição para ciclistas profissionais masculinos gerido pela CPA.’ Segundo a entidade, ‘este fundo, criado pela UCI em 2002 … acumula déficits há vários anos devido ao crescimento do pelotão profissional masculino. E ainda diz que “se esforçará para fornecer apoio à associação para enfrentar os desafios estruturais futuros vinculados ao fundo e para criar um fundo para mulheres ciclistas.”
UCI Bike City. As cidades amigas da bike
A UCI também oficializou e condecorou quatro das cidades que já são grandes parceiras na promoção de grandes eventos da entidade por promover o ciclismo em suas regiões. O selo UCI Bike City vem premiar e reconhecer a estratégia para o desenvolvimento e promoção do uso diário da bicicleta nestas regiões, além do seu compromisso com a organização de eventos no o calendário da UCI. Foram agraciadas com o selo: Flandres (Bélgica), Val di Sole (Itália), Fayetteville (Estados Unidos) e Wollongong (Austrália).
Pippo Ganna ligou o turbo
Vale destacar ainda a prova Étoile de Bessèges que encerrou-se neste domingo na França e que contou com grande cobertura do BikeBlz. A prova terminou com um contra-relógio vencido sem surpresas pelo campeão mundial da modalidade, o italiano Filippo Ganna, que percorreu e cravou em 15 minutos os 10,5 km do trajeto da etapa que encerrou a corrida. Ele já havia ganho a etapa 4 com um ataque explosivo há 9 km da meta, que durou aproximadamente 6 minutos com mais de 510 watts de potencia! Simplesmente um absurdo. Confira abaixo no vídeo.
Tim Wellens vence na geral em Étoile de Bessèges
A prova que abriu a temporada e contou com a presença de grandes nomes do pelotão da elite profissional, acabou com a vitória do belga Tim Wellens (Lotto Soudal) que venceu a Etapa 3 da competição e acabou há pouco menos de 1 minuto à frente de Michal Kwiatkowski (Ineos Grenadier). Nils Politt estreando muito bem na Bora-Hansgrohe, fechou o pódio na Geral. Saiba mais na RaceDay da prova.
Copa do Mundo de Mountain Bike em Petrópolis
Mas talvez a maior notícia de todas foi o anúncio da primeira versão do calendário da Copa do Mundo de Mountain Bike (MTB) em 2022 com a realização da sua 2ª Etapa no Brasil! Ela irá acontecer entre os dias 8 a 10 de abril 2022 em Petrópolis, no Rio de Janeiro, com as modalidades de cross country (XCO), short track (XCC) e downhill (DH). A Copa do Mundo terá 12 paradas, incluindo o Campeonato Mundial.
A Copa do Mundo de MTB terá uma etapa no Brasil após 17 anos e a escolha de Petrópolis, passa pelo super campeão e filho da terra, Henrique Avancini, que contribuiu significativamente para que esse evento fosse confirmado por lá. A prova terá a organização a cargo da CIMTB Michelin, em parceria com a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).
Vai ser demais!