No dia em que o colega de equipe Peter Sagan deu adeus ao Tour devido a dores no joelho, Nils Politt conseguiu entrar na fuga e salvou a Bora-hansgrohe de passar em branco no Tour de France.

Em dia de forte vento cruzado, o pelotão marcou bobeira e uma fuga de alto nível se formou. Entre os atletas, o Campeão Mundial Julian Alaphilippe (Deceuninck-Quickstep), Brent Van Moer (Lotto Soudal), André Greipel (ISM), Stefan Kung (Groupama FDJ), Stefan Bisseger (EF-Nippo), Imanol Erviti (Movistar) e Boasson Hagen (TotalEnergies).

Com atletas de várias equipes na fuga, coube ao time do Camisa Amarela Tadej Pogačar (UAE), a tarefa de comandar o pelotão. A fuga então conseguiu manter um ritmo e aumentar a vantagem, alcançando até 15 minutos, o que garantiu a vitória do dia aos atletas escapados e impediu que a chegada em Nimes fosse em sprint como em 2019, quando Caleb Ewan (Lotto Soudal) venceu à frente de Elia Viviani, que à época corria pala Quickstep.

Pelotão ficou sossegado hoje

Ao entrar nos 50 quilômetros finais, os ataques começaram a acontecer entre o grupo da ponta. Primeiro foram Politt (Bora hansgrohe) e Connor Swift (Arkea Samsic), depois Luka Mezgec (Bike Exchange) respondeu. Andre Greipel, sprinter alemão que já venceu 22 etapas de grandes voltas, também tentou largar os outros para trás.

Os grupos se separaram e juntaram até que 4 ciclistas conseguiram escapar e abrir vantagem, eram eles: Nils Politt, Imanol Erviti, Stefan Kung e Harry Sweeny (Lotto Soudal).

Faltando 30 Km para o fim, a vantagem do grupo líder era de 30 segundos. Mas o segundo grupo não conseguia organizar-se na busca e o vento dificultava para reduzir a distância, que começava a aumentar.

Nos 15 Kms finais, Harry Sweeny foi o primeiro a atacar, em uma colina, Stefan Kung ficou para trás, mas Erviti e Politt alcançaram o ciclista da Lotto, o alemão da Bora lançou seu ataque e os rivais não puderam acompanhar. Cabeça baixa no grupo de trás significa hora de acelerar e foi isso que Politt fez.

Kung (Groupama-FDJ), Politt (Bora-Hansgrohe), Imanol Erviti (Movistar) e Harisson Sweeny (Lotto-Soudal) na fuga do dia

Rodando sozinho a incríveis 50 Km/h, ele ampliou a vantagem e pôde cruzar a meta tranquilamente em primeiro lugar. A primeira vitória no nível mais alto do ciclismo e o melhor resultado desde o vice-campeonato na Paris-Roubaix 2019 e justamente no momento em que sua equipe mais precisava. 

Com o mau desempenho de Kelderman na Classificação Geral e o abandono de Peter Sagan antes do início da etapa de hoje, a Bora precisava de uma injeção de ânimo, o que uma vitória de etapa como hoje certamente pode dar.

Após a corrida, Politt ainda declarou:

É inacreditável. Vencer uma etapa do Tour de France é um sonho. Foi triste que o Sagan teve que abandonar. Começamos a etapa direto no vento cruzado e me senti bem nos últimos dias, com tantos sprinters no grupo, sabia que precisava atacar cedo e fui o primeiro. Dei tudo de mim. Vencer escapado é inacreditável. Ciclismo é minha paixão. Essa vitória é pra minha família”

Amanhã, mais uma etapa plana e com chances de chegar em sprint. Outra chance para Mark Cavendish igualar o recorde de vitórias de Eddy Merckx. 

(Fotos: A.S.O)

 

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