Ouvindo o Daemoncast do grande Chico, não o Buarque, mas o Martins da DaemonCycling com a jornalista Erika Salum, em uma excelente conversa sobre ‘Bicicleta e diversidade’, (ouça abaixo!), ela comentou sobre uma marca. E essa citação me chamou atenção. E é aquilo, quanto mais você gosta e procura, mais conhecimento vem e mais um novo mundo se abre. Serve para tudo.

E lá fui eu pesquisar. Uma marca de uma empresa de vestuário de ciclismo. Mais uma entre tantas que já vi? Não exatamente. Uma dedicada as ciclistas mulheres. Mas nem sempre aquelas ‘blogueirinhas’ que a Erika na entrevista, coloca boa parte desse tipo de comportamento a um traço da nossa latinidade. Acho que passa por isso também. Mas muito além desse público, existe uma infinidade de outras pessoas e não apenas mulheres, que não fazem parte desse perfil e até podem se sentir intimidadas de fazer parte de um grupo de ciclismo por não se acharem confortáveis para fazer isso.

Modelos ‘Machines for Freedom’

E esta marca olha para este público. E não a conhecia! Fundada em 2014, pela americana Jenn Kriske, a MACHINES FOR FREEDOM cria roupas de ciclismo para as pessoas. Todas elas. A marca foi comprada pela Specialized em 2018 e fiquei muito feliz de conhecê-la.

Quando comecei a levar o ciclismo a sério, fiquei cada vez mais frustrado com a dificuldade de encontrar roupas boas e bem planejadas para mulheres; e no processo, espero que inspire outras mulheres a se juntarem a nós para um passeio.

Jenn Kriske, Criadora da Machines for Freedom
 
Modelos ‘Machines for Freedom’

Uma campeã transgênero

Um outro ponto também rapidamente comentado, foi sobre a trajetória da Rachel McKinnon. E claro, fui lá saber mais. A canadense se tornou em 2018, a primeira transgênero campeã mundial de ciclismo de pista, no Campeonato Mundial Feminino de Pista Masters da UCI para a faixa etária feminina de 35 a 44 anos.

Rachel McKinnon

“A bicicleta teve papel importantíssimo na conquista de direitos e emancipação feminina, transformou cidades inteiras, lutou contra o fascismo, assim como esteve presente nas recentes manifestações do movimento Black Lives Matter, nos EUA.”

Daemoncast

Bicicleta é solidariedade.

E eu lembrei ainda da batalha do Dougrão Pedala (32), um ciclista de Taubaté que através da bike, descobriu uma vida mais saudável. Em seu perfil no Instagram ele crava: “O QUE ERA PIADA VIROU MOTIVAÇÃO”, assim mesmo em caixa alta.

Com mais de 200kg, ele decidiu mudar definitivamente sua condição física, resolveu criar um canal no YouTube para relatar os ganhos e servir de motivação para outras pessoas que possuem objetivos semelhantes.

Dougrão Pedala (Facebook)

Já em suas primeiras postagens, algumas marcas relacionadas com o mercado de bicicleta começaram a repostar seu conteúdo, até que uma uma delas (Sense) entrou em contato propondo uma meta. E, toda essa mudança possibilitou uma intensidade maior nas pedaladas e nos seus objetivos.

Em novembro de 2018, data do início do desafio, Dougrão se encontrava com 186,6kg. Emagreceu 40kg. Ganhou bike, virou embaixador da marca e continua inspirando milhões por aí. Ciclismo é definitivamente e sempre foi e deverá ser sempre para todos.

 

Instagram